O jovem artista plástico mirandelense Pedro Cordeiro tem patente a sua exposição “Reborn” no Museu do Douro, no Peso da Régua, até ao dia 26 de fevereiro.

São peças construídas através de cepas e metais que definem a constante procura de Pedro Cordeiro em juntar materiais e técnicas inesperadas. Esta exposição “retrata o ciclo da vida”, conta. “Visualmente tento retirar um cubo de uma das encostas do Douro e represento isso com as peças que são videiras, construídas através das cepas e com metais, e cada plinto, que são os apoios onde elas estão, fazem um declive da montanha como quem está o lado da Régua a olhar para Lamego ou vice-versa”, refere.

No entanto, o artista plástico sublinha que cada peça fala por si. “Retrata o ciclo da vida, porque estamo-nos sempre a reconstruir a renascer e a videira é um bom exemplo disso, porque todos os anos passa pelo mesmo ciclo para voltar a produzir e apanho aqui um estágio dela que é exatamente o momento em que tudo começa novamente a mexer e tudo a tomar sentido para um fim”, acrescenta.

Esta exposição também acaba por ser uma forma de homenagear a região transmontana e duriense, com alusão às videiras. Mas, Pedro Cordeiro prepara mais surpresas com enfoque na oliveira. “Também tenho algumas peças de escultura em que o mote é a oliveira, em que o processo de pesquisa já existe, mas será o próximo passo e aí sim estou a representar o território que me viu crescer”, adianta.

Pedro Cordeiro, que estudou Artes Plásticas na Escola Superior Artística do Porto, explica que todo o processo criativo exige muito tempo de pesquisa e investigação. “Exige muito trabalho físico e mental e quando se passa à produção da peça em si, exige alguns cuidados até porque alguns materiais que usei eram extremamente perigosas e exige um estudo ao pormenor. É um processo que tem de ser feito com muita seriedade para não deitar tudo a perder”, ressalva.

Todas as peças da exposição “Reborn” foram o fruto de um trabalho que durou mais de dois anos e meio. Pedro Cordeiro teve ainda a preocupação da sustentabilidade ambiental. “Todo o desperdício da produção das peças da Reborn, as folhas das videiras, acabei por reaproveitar todas e criei uma peça a que chamei Aches” (cinzas) “são o negativo daquilo que queria evidenciar naquele momento, que será uma boa ideia para apresentar como um caso particular do que nasceu da Reborn”, diz

Pedro Cordeiro também já tem a sua marca na criação de peças alusivas aos trajes dos diversos caretos da região: Podence, Varge, Grijó, Vila Boa, Torre de Dona Chama e Lazarim, mas também do Chocalheiro de Bemposta, do Farândulo de Tó e do Velho de Vale de Porco.

Agora, tem patente a sua exposição “Reborn” no Museu do Douro até ao dia 26 de fevereiro

Jornalista: Fernando Pires

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