O executivo de Mogadouro renunciou ao protocolo entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro (AHBVM) para a criação de uma segunda Equipa de Intervenção Permanente (EIP) no concelho.

O protocolo foi assinado no mês de julho do ano passado, mas até à data não foi realizada “nenhuma das ações ou obrigações nele previstas”, explica a autarquia em comunicado, divulgado nas redes sociais.

A direção dos Bombeiros de Mogadouro já manifestou o desagrado com a decisão do município. “Estamos indignados com a decisão tomada pelo executivo municipal de Mogadouro em denunciar a criação de uma segunda EIP, porque em nada fazia prever este desfecho”, referiu o presidente da AHBVM, em declarações à Agência Lusa.

O município reforça na mesma nota que o protocolo estava em vigor há mais de um ano, mas as partes anteriormente citadas “nada fizeram para o cumprir, não existindo qualquer execução física ou financeira”. Razões que motivaram o executivo de Mogadouro a desistir da segunda EIP.

Mas de acordo com a Lusa, a direção da AHBVM contaria estas declarações e indica que “em 25 de agosto de 2022, em reunião na câmara, na qual estiveram presentes dois elementos da direção da AHBVM e o comandante Distrital da Proteção Civil (CODIS), foi informado o Sr. presidente da câmara do andamento do processo concursal e, designadamente, da realização das provas físicas aos candidatos no dia 15 de setembro de 2022, data por todos aceite e por todos tida como atempada e oportuna”.

No mesmo docuumento é explicado que “o presidente da câmara reiterou a sua vontade de incluir na equipa EIP os dois candidatos que, desde sempre, havia nomeado” acrescentando a nota emitida AHBVM “que no dia 15 de setembro de 2022, os candidatos à EIP realizaram as necessárias provas físicas, com supervisão dos dois comandantes distritais de Bragança da ANEPC”.

“Os resultados daquelas provas físicas são, desde então, conhecidos e excluíram os dois candidatos propostos pelo presidente da câmara de Mogadouro”, sublinhou a AHBVM.

Jornalista: Rita Teixeira

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