A Câmara Municipal de Montalegre decidiu, por unanimidade, emitir parecer desfavorável ao projeto de exploração de volfrâmio previsto para a antiga mina da Borralha. A posição, assumida em reunião extraordinária, contou com o apoio conjunto dos eleitos do PS e do PSD, revelando total consenso político num dos temas mais sensíveis para o concelho.

A decisão baseia-se nas conclusões de um estudo técnico solicitado pela autarquia à Universidade Nova de Lisboa, que identificou impactos potencialmente graves para o ambiente, para a saúde pública e para a segurança das populações. Segundo o documento, o projeto apresentado pela empresa Minerália comporta riscos significativos ao nível da qualidade da água, do uso de substâncias perigosas e da estabilidade dos solos numa zona já fragilizada por décadas de exploração anterior.
A presidente da Câmara, Fátima Fernandes, em declarações à agencio Lusa, sublinha que a avaliação independente foi determinante. O estudo alerta que a área em causa apresenta “galerias profundas e estruturas instáveis”, aumentando o risco de aluimentos e de contaminação de recursos hídricos fundamentais para a população. “O território não reúne condições de segurança para acolher uma exploração desta natureza”, reforçou a autarca, destacando que a preservação dos recursos naturais e a proteção das comunidades locais prevalecem sobre qualquer interesse económico.
Outro ponto crítico identificado pela Câmara prende-se com a ausência de um plano claro para a recuperação do passivo ambiental herdado da exploração encerrada em 1986. A autarquia esperava que o novo projeto incorporasse medidas de reabilitação abrangentes, algo que o Estudo de Impacte Ambiental não contempla de forma satisfatória.
A decisão municipal surge no encerramento do período de consulta pública, que registou 653 participações, demonstrando o forte envolvimento da comunidade neste processo.
A posição de Montalegre segue agora para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade responsável pela decisão final sobre a Avaliação de Impacte Ambiental, prevista para janeiro de 2026.
Com esta tomada de posição unânime, o município reafirma o seu compromisso com a defesa do território e da qualidade de vida das populações, mantendo-se vigilante perante projetos que possam comprometer a sustentabilidade ambiental de uma das zonas mais emblemáticas do Barroso.

A Redação,
Fotos: DR

Design sem nome (5)
Alheiras Angelina
IMG_9798
Banner Elisabete Fiseoterapia
Dizeres Populares BATATAS TAO ESTALADICAS Mirandela Braganca 730x90px
Dizeres Populares BIG MAC VAI NUM AI Mirandela Braganca 730x90px
Dizeres Populares TASTY ARREGUILAR OS OLHOS Mirandela Braganca 730x90px
banner canal n
Artigo anteriorFESTIVAL BILHÓ PROMOVE OFICINA DE BANDA DESENHADA E AUTOEDIÇÃO PARA JOVENS EM CHAVES
Próximo artigoCOMISSÃO ELEITORAL AVANÇA COM PREPARAÇÃO DAS NOVAS ELEIÇÕES PARA O CONSELHO GERAL DA UTAD APESAR DE IMPUGNAÇÃO JUDICIAL