O Ministério Público está a investigar alegadas irregularidades no recenseamento eleitoral na União de Freguesias de Montalegre e Padroso, depois de terem sido denunciadas mudanças de morada suspeitas antes das últimas eleições autárquicas. A Procuradoria-Geral da República confirmou que o inquérito já se encontra em curso e está a ser conduzido pela Procuradoria do Juízo de Competência Genérica de Montalegre.

A queixa partiu de Sandra Batista, candidata independente que integrou a lista do PSD e que perdeu a eleição por 78 votos. A candidata afirma ter identificado um aumento “invulgar” de novos eleitores: 134 pessoas passaram a estar recenseadas na freguesia desde janeiro, muitas delas — garante — sem qualquer ligação residencial ao território.
Numa votação que contou com 1.344 eleitores, o PS venceu com 682 votos, contra 604 do PSD. Para Sandra Batista, a proximidade do resultado e o número de novos recenseamentos levantam dúvidas sérias sobre a legitimidade do sufrágio.
“Preocupa-me a facilidade com que, em Portugal, se podem adulterar resultados eleitorais, sobretudo nas autárquicas”, declara, acrescentando que a maior parte dos novos inscritos “nunca viveu na freguesia” e tem ligações familiares à lista vencedora. A candidata considera que o caso representa “uma ameaça à própria democracia” e fala mesmo em “fraude eleitoral”.
Contactado, Paulo Reis, presidente eleito pelo PS, preferiu não comentar, alegando desconhecer formalmente o processo.
A denunciante enviou a sua participação não só ao Ministério Público, mas também ao Presidente da República, Governo, Comissão Nacional de Eleições e partidos políticos. Apesar de ter recebido respostas, lamenta a ausência de medidas concretas: “Empurram a responsabilidade de uns para os outros. É difícil comprovar morada a morada, mas é isso que teria de ser feito.”
O inquérito agora aberto procura apurar se houve ou não manipulação deliberada do recenseamento — um fenómeno que pequenas freguesias, com poucos eleitores, têm vindo a denunciar como potencialmente decisivo em eleições locais.
Para Sandra Batista, o alerta é urgente: “Não pode continuar a ser fácil mudar de freguesia apenas para influenciar resultados. Isto não é apenas sobre Montalegre. É sobre o futuro da democracia.”

A Redação com Lusa

Foto: DR

Alheiras Angelina
Dizeres Populares BATATAS TAO ESTALADICAS Mirandela Braganca 730x90px
IMG_9798
Dizeres Populares TASTY ARREGUILAR OS OLHOS Mirandela Braganca 730x90px
Banner Elisabete Fiseoterapia
banner canal n
Dizeres Populares BIG MAC VAI NUM AI Mirandela Braganca 730x90px
Design sem nome (5)
Artigo anteriorBAILARINAS DA FORMA REPRESENTAM PORTUGAL NA SEMIFINAL EUROPEIA DE UM DOS MAIORES CONCURSOS MUNDIAIS DE DANÇA JUVENIL
Próximo artigoALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GOMES MONTEIRO, EM BOTICAS, TIVERAM VISITA ESPECIAL