Após nove meses de encerramento para obras de requalificação, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, reabre ao público em novembro com a mostra “Olhar Portugal”, uma exposição temporária composta por peças do acervo do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).
A reabertura marca o fim de um processo de modernização que começou há cerca de um ano e incluiu intervenções estruturais profundas. Entre as melhorias destacam-se a substituição do telhado, a atualização do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) e a instalação de uma plataforma elevatória para garantir melhor acessibilidade.
Na última fase das obras, iniciada em fevereiro deste ano, o museu recebeu ainda instalação de rede Wi-Fi, novas soluções arquitetónicas e recursos tecnológicos destinados a tornar o espaço mais inclusivo. Um dos destaques é a implementação de QR Codes que permitem visitas com tradução em Língua Gestual Portuguesa.
O investimento, no valor de meio milhão de euros, foi financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e teve como objetivo modernizar o equipamento cultural e adaptá-lo às exigências atuais.
Com mais de um século de história, o Museu do Abade de Baçal foi fundado em 1915 e recebeu o nome atual cerca de 20 anos depois, em homenagem ao abade e historiador Francisco Manuel Alves, figura central da cultura transmontana.
A exposição permanente, distribuída por 14 salas, oferece um percurso pela história e identidade do Nordeste Transmontano, reunindo peças etnográficas, documentos históricos e obras de arte. Entre os destaques estão coleções de pintura naturalista com nomes como Silva Porto, Marques de Oliveira, Aurélia de Souza, José Malhoa e Sarah Affonso, bem como trabalhos de Abel Salazar e ilustrações de Almada Negreiros.
Com a reabertura, o museu pretende reforçar o seu papel como espaço de conhecimento, inclusão e valorização do património cultural português.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: CM Bragança



















