A manhã deste domingo, 12 de outubro, começou com um incidente considerado “muito grave” pela candidatura independente “Todos por Vila Real”, que concorre à Assembleia de Freguesia de Vila Real. O movimento denunciou que, em várias mesas de voto os boletins não incluíam todas as opções políticas, impedindo que os eleitores votassem na sua lista, o que levou a questionamentos por parte dos eleitores e fortes protestos da candidatura em questão.

Em declarações exclusivas ao Canal N, Isabel Fernandes, mandatária e segunda candidata do Movimento Independente Todos por Vila Real descreveu o sucedido, referindo que o erro foi detetado logo na primeira hora do processo eleitoral:

“O que aconteceu é que logo pelas 08h15, 08h30, nos apercebemos que havia lotes completos nalgumas das mesas, não só no teatro, mas também no bairro São Vicente de Paula, que estavam trocados, ou seja, não vinham como boletins de voto da Assembleia de Freguesia de Vila Real, mas como Assembleia de Freguesia de Mouçós e Lamares e Freguesia de Mateus. Esses foram substituídos por outros que vieram da Câmara. Entretanto, apercebemo-nos que mesmo dentro dos lotes que foram substituídos, começam a surgir de permeio lotes de 50, aquilo vêm em 1000, e no caso lotes de 50 que são da freguesia de Mateus ou Mouçós e Lamares.”

Tal como revelado pela mandatária Isabel Fernandes, o problema foi inicialmente detetado no posto D, instalado no Teatro Municipal de Vila Real, quando sete eleitores votaram com boletins incompletos. Outros casos foram registados no bairro de São Vicente de Paula, envolvendo votos das freguesias afetadas. A candidatura independente “Todos por Vila Real” considera que esta falha compromete a transparência e legitimidade do ato eleitoral.

“As pessoas que estão nas mesas de voto estão a ter que ver os boletins um a um, já foram inclusive chamados por cidadãos eleitores que dizem: Não está aqui aquilo onde eu quero votar! E isto é muito grave. Isto tem que ter consequências. Para mim, a única possível solução é repetir o ato eleitoral, porque vão aparecer mais votos de certeza absoluta nas urnas que não foram detetados” afirma, evidenciando a gravidade da situação. “Já lavramos protesto em várias mesas e estamos a ver o impacto. Já tinham sido descarregados alguns votos na mesa 18 que conseguiram confinar-se e irão ser propostos para anulação. Obviamente que no apuramento geral o Sr. Dr. Juiz irá tomar essa decisão, mas o que é certo é que isto à partida está viciado. Para mim está viciado!” contesta Isabel Fernandes.

O Movimento Independente “Todos por Vila real” já efetuou o contacto com a Câmara Municipal de Vila Real, exigindo explicações, no qual foi dito que a falha foi causada por um erro da empresa responsável pela impressão dos boletins, a Minerva. A candidatura “Todos por Vila Real” contesta a explicação e afirma que o problema é inadmissível num processo democrático, defendendo a repetição da votação nas mesas afetadas.

Foi nos dito que a culpa foi da Minerva, portanto da entidade que procedeu à impressão dos boletins de voto” revela reforçando a indignação da candidatura face às explicações apresentadas.

O movimento vai apresentar os devidos protestos formais junto das autoridades eleitorais e submeteu uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), a quem apelam a análise rigorosa do caso para que sejam definidos os procedimentos a seguir.

“Vamos fazer para a CNE e para o Ministério da Administração Interna. Eu espero que a resposta seja justa e adequada. Se não for, temos que recorrer! O que eu quero é que seja reposta a legalidade, ou seja, se aparecerem dentro das urnas de voto que por não terem sido detetados um número considerável, e quando falamos em eleições autárquicas, um voto pode fazer a diferença… Portanto, se aparecerem outros votos noutras assembleias de freguesia que não a de Vila Real, há que repensar o que é que aqui está em causa. Enquanto segunda candidata e mandatária do grupo independente Todos por Vila Real, obviamente que me custa estar a olhar para os boletins que estão a ser distribuídos na freguesia de Vila Real e não ver lá o movimento representado e em cima dizer uma freguesia que em nada tem a ver com a nossa. Custa” conclui.

O incidente marca o início de um dia eleitoral intenso em Vila Real, num ato que mobiliza milhares de eleitores em todo o concelho, mas que ficou ensombrado por este episódio que promete gerar debate sobre a responsabilidade e a segurança do processo eleitoral.

Jornalista: Vitória Botelho

Fotos: DR

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