Junta de Freguesia de Mirandela poderá ter “confronto” entre o Presidente da Associação de Bombeiros (PSD) e o Comandante (PS).

A cerca de cinco meses das eleições autárquicas, começam a surgir as primeiras informações sobre os resultados práticos do trabalho de constituição das listas aos três órgãos autárquicos – Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia – que as concelhias dos diferentes partidos políticos e alguns movimentos independentes, em conjunto com os candidatos já assumidos, têm vindo a realizar no terreno.

No que diz respeito aos candidatos à câmara municipal, já há dois assumidos publicamente: Helena Chéu avança pelo CDS/PP, partido que deixou de ter representantes na vereação, em 2017, quando obteve o pior resultado de sempre em eleições autárquicas.

Quanto à equipa que vai acompanhar a candidata, ainda pouco se sabe, mas a intenção parece ser de avançar com muitas caras novas, relativamente ao que aconteceu nas últimas autárquicas.
Também no PSD, já foi confirmado pelo líder nacional do partido, Rui Rio, que o candidato à câmara de Mirandela será Duarte Travanca, que tem como objetivo recuperar o poder local que António Branco perdeu para Júlia Rodrigues, do PS, em 2017.

Ao que apuramos, está para breve a apresentação oficial do candidato, mas também ainda pouco se sabe sobre os elementos que vão constar da lista, se bem que o nome de Manuel Rodrigues, atual vereador sem pelouro do PSD, e que fazia parte do anterior executivo do Município, na equipa de António Branco, tem sido muito “badalado” como sendo uma forte hipótese para número dois.

No PS, apesar de ainda não se ter anunciado a recandidatura de Júlia Rodrigues, a verdade é que o líder da distrital socialista, Jorge Gomes, já prestou declarações públicas anunciando que os atuais presidentes do distrito serão novamente candidatos, à exceção de Artur Nunes, em Miranda do Douro, que não pode avançar devido à limitação de mandatos.

Quanto à equipa que vai integrar a lista liderada por Júlia Rodrigues , já é certo que José Miguel Cunha não avança. O próprio já tinha dado a conhecer à presidente do Município, bem como à concelhia socialista, há alguns meses atrás, que não estava disponível.

Os outros dois vereadores do executivo – Orlando Pires e Vera Preto – vão fazer parte da lista, e a novidade deve ser a entrada de Vítor Correia, atual presidente da junta de freguesia de Mirandela.

Já na CDU, ainda não se conhece quem será o candidato, depois de Jorge Humberto, atual deputado municipal, já ter garantido, no programa “Politicamente Falando” da Terra Quente FM que não será a escolha do partido para avançar.

Quanto aos cabeças de lista para a Assembleia Municipal de Mirandela, já está confirmado o candidato do CDS. Será o médico e atual líder da concelhia de Mirandela, José Mário Mesquita.

No PS, depois do anúncio oficial de que o atual presidente da Assembleia municipal, Luís Guimarães, não será recandidato, tudo aponta para que o candidato venha a ser Francisco Esteves, o médio mirandelense, atual diretor do serviço de medicina intensiva do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.

Quanto ao PSD, ainda não está decidido quem será o líder à Assembleia Municipal, se bem que não esteja colocada de parte a hipótese de avançar o antigo presidente da câmara de Mirandela e atual secretário-geral do PSD, José Silvano.

Na CDU, o mais provável é que o candidato seja Jorge Humberto Fernandes.

Nas freguesias, PS e PSD têm as listas praticamente fechadas e ao que tudo indica haverá, pelo menos, três movimentos independentes que vão a eleições nas freguesias de Abambres, Frechas e na União de Freguesias de Barcel, Marmelos e Valverde da Gestosa.

Na freguesia de Mirandela, com a saída de Vítor Correia, eleito nas listas do PS, em 2017, os socialistas parecem inclinados para avançar com a candidatura de Luís Carlos Soares, atual comandante dos Bombeiros Voluntários de Mirandela, o que, a confirmar-se, pode ditar um confronto com o seu presidente naquela associação, Sílvio Santos, que deverá ser o candidato do PSD.

Já o CDS deve apostar em Vítor Ló, docente na EPA de Carvalhais e também conhecido por integrar vários projetos musicais.

Mas o panorama de candidaturas nas 30 freguesias do concelho, tem ainda algumas curiosidades, senão vejamos.

O PSD tem atualmente 18 juntas de freguesia e nas próximas autárquicas, 9 não vão repetir a candidatura, por diversas razões.

Dois são abrangidos pela limitação de mandatos: em São Pedro Velho, Carlos Pires e em São Salvador, Cristina Passas.

Outros três, devem agora avançar nas listas do PS: Eurico Carrapatoso (Alvites), André Geraldo (UF de Freixeda e Vila Verde) e Cláudia Afonso (Múrias).

O presidente da freguesia de Abambres, José Cabanas, deve avançar agora com uma lista independente.

Há dois atuais presidentes de junta que não se recandidatam por vontade própria e não integram outras listas: António Martins (Cedães) e Carlos Cadavez (Vale de Salgueiro).

Há ainda outro presidente de junta que não será recandidato, porque, recentemente perdeu o mandato por questões judiciais. Trata-se de Manuel Lopes (Cobro).

Já no PS, dos atuais 9 presidentes de junta, 2 não voltam a candidatar-se nas listas dos socialistas: José Carlos Teixeira será agora candidato por um movimento independente e Vítor Correia não repete a candidatura, transferindo-se para a lista candidata à câmara municipal.

Por outro lado, o PS deve agora apresentar 3 candidatos oriundos do PSD. Os atuais presidentes de Alvites, Múrias e UF de Freixeda e Vila Verde e ainda dois presidentes de junta que, em 2017, venceram as eleições em movimentos independentes: Rui Melo, em Vale de Gouvinhas e Manuel Fontes, em Aguieiras.

Já do CDS, ainda não se conhecem muitos pormenores dos candidatos, nem das juntas de freguesia que tem fechadas, se bem que o número deve andar perto das duas dezenas, bem melhor do que em 2017, quando apenas apresentou listas em 8 freguesias.

Jornalista: Fernando Pires

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