O PCP voltou a questionar o Governo sobre a abertura da especialidade de Cirurgia Geral no Serviço de Urgência do Hospital de Mirandela, suspenso desde 8 de outubro de 2023.

A Direção da Organização Regional de Bragança do PCP diz que o Governo da AD “não pretende suprimir a carência de médicos na Cirurgia Geral no Serviço de Urgência do Hospital de Mirandela”. Isto porque, em outubro do ano anterior, a especialidade foi suspensa “temporariamente” e decorrido mais de um ano, “nada se alterou”.

O Grupo Parlamentar do PCP voltou a questionar o Governo sobre o assunto, e o conjunto de respostas que recebeu “pouco ou nada acrescentaram às já obtidas, aquando do questionamento do Governo do PS em janeiro deste ano, evidenciando a plena sintonia política entre o anterior Governo do PS e o atual governo do PSD/CDS (AD)”, refere.

Para o partido a realidade é clara: “nem há qualquer intenção em reabrir esta especialidade no Hospital de Mirandela”. Acrescenta ainda que “quer o anterior governo PS, tal como o atual governo do PSD e CDS, estão de acordo com a política de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, o que inflige sérios prejuízos às populações do Nordeste Transmontano”.

Recorde-se que a suspensão do serviço aconteceu devido à indisponibilidade manifestada por médicos do quadro em realizar trabalho suplementar além das 150 horas anuais. O que resultou na impossibilidade de manter a escala do Serviço de Urgência na Unidade Hospitalar de Mirandela. A solução passa pelos utentes terem que se deslocar para o Hospital de Bragança para terem acesso a esta especialidade.

Em resposta ao PCP, é referido que “a decisão de reativar a especialidade de Cirurgia Geral no Serviço de Urgência do Hospital de Mirandela depende da disponibilidade de recursos humanos adequados, tendo em vista a criação de condições que garantam qualidade e segurança na prestação de cuidados, pelo que não é possível prever uma data para a reativação da referida especialidade”.

Sublinha ainda que há “limitações graves ao nível dos recursos humanos”. Segundo o PCP, o Ministério opta por culpar os Médicos adstritos ao serviço que, compreensivelmente, não aceitam trabalhar acima das horas extra/suplementares a que já estão obrigados.

“A “ótica de articulação de serviços, as medidas para salvaguardar a prestação de cuidados seguros e de qualidade”, na qual o Ministério se subterfugia para justificar a manutenção desta suspensão, corresponde à mais pura negligência da realidade de um distrito em que as longas distâncias se refletem negativamente na necessária celeridade no acesso a cuidados de saúde urgentes, bem como ao facto desta resposta de urgência ser apenas prestada num único Hospital (em Bragança)”, acrescenta.

O PCP reafirma que este serviço é essencial para o distrito de Bragança. “A sua suspensão – e mal disfarçada vontade de encerramento – representa um retrocesso nos serviços públicos de saúde. É inaceitável que uma área de 6 608 km2 com 122 833 habitantes tenha apenas um hospital a providenciar a especialidade de Cirurgia Geral no serviço de Urgência”, lê-se na mesma nota.

“É também inaceitável o velho argumento de que os médicos não concebem sequer a ideia de fixarem-se na nossa região. Haja vontade política e tomem-se todas as medidas necessárias, através de incentivos vários e uma efetiva valorização de carreira destes profissionais de saúde”, conclui.

Jornalista: Rita Teixeira

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