O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, compreende a posição do governo francês de desaconselhar viagens não essenciais para Portugal, mas lembra que este conselho deve ser enquadrado com as decisões da União Europeia (UE) quanto às viagens.

“A situação de Portugal no que diz respeito à pandemia agravou-se e as preocupações de um Estado amigo, como a França, em relação aos seus cidadãos, no que diz respeito à possibilidade de viajarem para Portugal, são compreensíveis. Trata-se de um conselho”, afirmou o ministro, sublinhando que esta posição deve ser enquadrada com as decisões da UE relativas ao certificado digital.

Em declarações à agência Lusa, o governante lembrou que, desde o inicio de julho, as pessoas que estejam vacinadas, imunizadas ou que realizem teste negativo à covid-19 podem circular livremente pela UE. Mas há uma exceção “nas zonas consideradas vermelho escuro, de muito alta prevalência do vírus, o Estado membro pode desencorajar viagens não essenciais nessas zonas”.

Saiba que as zonas classificadas como vermelho escuro têm de ter, por exemplo, mais de 500 novos casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.

Recorde-se que as viagens de pessoas que pretendem reunir-se com a família, como é o caso dos emigrantes portugueses, enquadram-se na classificação de viagens essenciais.

Foto: António Pedro Santos / Lusa

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