O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) garante que vão manter-se em Mirandela os cerca de 100 trabalhadores da extinta Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), que passou a integrar aquele órgão, no Porto, desde o início deste ano, no âmbito da descentralização de competências.

De passagem por Bragança, António Cunha, afirmou que os funcionários que até aqui exerceram funções na sede da DRAPN e na Quinta do Valongo, em Mirandela, vão permanecer nos seus locais de trabalho “não há previsão nenhuma de mudarmos funcionários, a não ser que eles o queiram fazer, ou, no futuro próximo, haja alguma questão que o justifique aqui ou ali. Serão coisas pontuais”, adiantou.

O Presidente da CCDRN também deixou entender que Beraldino Pinto, antigo presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros e atual vice-presidente da CCDRN, deverá ser indicado, em breve, como novo responsável da Agricultura na região Norte, funcionando como substituto do extinto cargo de Diretor Regional de Agricultura do Norte, que foi desempenhado por Carla Alves até ao início de 2023, antes de ter sido nomeada para Secretária de Estado da Agricultura, cargo que ocupou por 24 horas. “O conceito de Direção Regional deixa de existir e na CCDR existem três direções de serviços associados à Agricultura, temos um vice-presidente” [da CCDRN] “que coordena essa área, que é natural de Macedo de Cavaleiros, esse é o modo como funcionaremos, mantendo a estrutura que existia”, acrescentou.

O presidente da CCDRN explicou ainda que os serviços da ex-DRAPN vão funcionar praticamente da mesma forma, sendo que a principal alteração será a integração na CCDRN dos serviços e dos mais de 500 funcionários espalhados por toda a região Norte. António Cunha destacou a “presença e capilaridade territorial” da Agricultura nos territórios mais periféricos, como Trás-os-Montes, Douro, Boticas ou Chaves. “Os serviços da DRAPN estão em 36 sítios da região Norte, com três princípios principais” (Mirandela, Braga e Porto). “Essa dispersão territorial dos serviços é perfeitamente essencial, essa capilaridade dessa estrutura. Nada justifica que tenha de ser alterado”, explicou.

Apesar destas declarações, a Terra Quente FM constatou junto de alguns funcionários da ex-DRAPN que existe ainda muita indefinição com o que vai acontecer, tendo em conta que ainda não saiu em Diário da República onde vão ficar localizadas as 17 unidades orgânicas nem a distribuição dos funcionários.

Jornalista: Fernando Pires

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