O Parque Natural do Douro Internacional, em Freixo de Espada à Cinta, inaugurou a primeira Estação de Aclimatação do país, um projeto pioneiro que visa a recuperação e reintrodução do abutre-preto no seu habitat natural.

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) conta, desde esta semana, com uma Estação de Aclimatação destinada ao abutre-preto, uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa. Esta infraestrutura, localizada na aldeia de Fornos, em Freixo de Espada à Cinta, é a primeira do género em território nacional e surge no âmbito do projeto “LIFE Aegypius Return”.

De acordo com o biólogo Iván Gutiérrez, a estação irá acolher abutres-pretos provenientes de centros de recuperação de todo o país, permitindo que as aves se habituem ao novo ambiente durante um período de seis a sete meses antes de serem libertadas na natureza.

O método aplicado, inédito em Portugal, pretende reforçar a presença do abutre-preto no PNDI, considerado um local-chave para a sobrevivência da espécie devido ao seu isolamento e fragilidade ecológica. “Este território é um dos que mais carece de ações de conservação, mas é também um verdadeiro refúgio para várias aves rupícolas e necrófagas”, sublinhou Iván Gutiérrez.

O projeto, com duração até 2027 e um investimento superior a 2,7 milhões de euros financiado pela União Europeia, junta diversas entidades nacionais e internacionais, incluindo a Palombar, a Liga para a Proteção da Natureza, a SPEA, a GNR e a Vulture Conservation Foundation, que lidera a iniciativa.

Entre as principais ameaças à espécie destacam-se os incêndios florestais, o uso ilegal de veneno, a escassez de alimento, a contaminação por produtos veterinários, a caça ilegal e a mortalidade em linhas elétricas.

Segundo a Palombar, o abutre-preto é protegido por legislação nacional e internacional, sendo o seu abate punido com penas de prisão até cinco anos. No entanto, a perseguição à espécie continua a ser uma realidade preocupante, tendo sido registadas recentemente três mortes de abutres-pretos por disparos, duas delas de aves monitorizadas com emissores GPS no âmbito deste projeto.

Ainda assim, o PNDI apresenta atualmente oito casais nidificantes, um sinal encorajador para a recuperação da população do abutre-preto nesta zona transfronteiriça.

Jornalista: Lara Torrado

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