A ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, referiu que os produtores de castanha transmontanos não vão receber apoios por parte do Governo, apesar de a perda do produto rondar os 80%.
À margem de uma visita a Alfândega da Fé e questionada se o Governo iria apoiar os produtores de castanha, Maria do Céu Antunes referiu, aos jornalistas, que a situação já se encontrava a ser estudada, no entanto adiantou que o Governo não os poderá apoiar uma vez que se trata de “uma matéria segurável”.
“Nós não temos forma de ajudar nas quebras de produção, nas campanhas por se tratar de uma matéria segurável e devem ser os seguros coletivos a ter a disponibilidade para poder fazer face a estas dimensões”, explica Maria do Céu Antunes.
De acordo com a ministra, “os instrumentos que nós temos disponíveis para judar os agricultores, na gestão do risco, são dois” e explica que um deles se destina à substituição das árvores caso o potencial produtivo esteja ameaçado que, de acordo com a mesma “não é o caso, portanto não podemos acionar a medida de reposição do potencial produtivo”.
“À primeira vista, não temos instrumentos para o puder fazer, não tivemos para o escaldão da pera rocha, não o tivemos para o escalsão da uva ou para as quebras que decorreram das granizadas que caíram num passado muito recente”, sustenta.
A ministra realça que este problema é “da responsabilidade dos agricultores e dos seus movimentos associativos”, e relembra que, no ano passado “nós disponibilizamos 18 milhões de euros para fazer baixar o prémio dos seguros para que os agricultores possam pagar menos”.
A esta altura, sustenta que o Ministério da Agricultura está a avaliar a situação “para perceber que instrumentos é que podemos mobilizar pra isto”.
Jornalista: Lara Torrado
