Os incêndios que assolam a vizinha Galiza, nomeadamente a província de Ourense, já consumiram mais de 13000 hectares de floresta. O avanço das chamas, tem as autoridades portuguesas em alerta, uma vez que junto a linha fronteiriça já houve vários focos. Neste momento, o incendio que inspirava mais cuidados (Vilarelho da Raia – Chaves) já se encontra em fase de conclusão.
As autoridades espanholas vivem dias de verdadeira catástrofe ambiental. O cenário motivou a mobilização da “Unidad Militar de Emergencias” para trabalhar com os efetivos no local, que ultrapassa os 2000.
Entre vítimas mortais, pessoas desalojadas, localidades evacuadas, estradas e autoestradas cortadas, até a linha de alta velocidade Madrid – Galiza foi suspensa.
Do lado de cá da fronteira, as chamas chegaram a Mairos e Vilarelho da Raia, no último caso, a ocorrência já se encontra em fase de conclusão mas ainda com 11 viaturas de combate no local.
Esta manhã, a região de Trás-os-Montes enfrenta uma deterioração acentuada da qualidade do ar devido aos incêndios de grandes dimensões que lavram na zona raiana, do lado espanhol. O fumo gerado pelas chamas está a ser transportado pelo vento, afetando as populações transmontanas com uma densa e persistente nuvem de fumo.
A qualidade do ar tem-se ressentido gravemente face à proximidade e magnitude dos fogos, gerando preocupações de saúde pública. A contínua chegada de fumo transfronteiriço agrava os efeitos respiratórios em comunidades fronteiriças, que se veem obrigadas a adotar medidas preventivas e de proteção.
O reforço da cooperação entre autoridades e equipas de bombeiros dos dois lados da fronteira é um elemento decisivo neste combate, num esforço conjunto para impedir a chegada das chamas a solo português, um desafio que se intensifica com o prolongamento da vaga de calor.
Jornalista: Edgar Pedreiro
Fotos: DR
