No primeiro dia da reabertura das creches em Mirandela foram muito poucos os pais que levaram os seus filhos.

Das 181 crianças espalhadas por três infantários da cidade, apenas 30 regressaram à creche, o que representa 17%. Diga-se que o colégio de Nossa Senhora do Amparo decidiu que só vai reabrir no dia 1 de junho.

Os números são avançados pelo vereador da educação do Município de Mirandela. “Reabriu o infantário Miminho que tem 95 crianças, hoje estiveram 11. No Arco Iris, são 56 crianças, hoje estão 8 e no Nuclisol Jean Piaget, das 30 crianças, marcaram presença 11. Prevê-se que a partir do início de junho este número possa aumentar”.

Orlando Pires revela ainda que deram negativo todos os testes para a Covid-19 efetuados às educadoras e auxiliares. “Na semana passada, foram testadas 42 pessoas e todos tiveram resultado negativo”.

Esta segunda-feira, também regressaram as aulas presenciais para os alunos de 11º e 12º ano que vão ter as disciplinas de exame nacional. Em Mirandela, estão abrangidos 323 alunos, distribuídos pela escola secundária, EPA – Escola Profissional de Agricultura de Carvalhais – e a Esproarte – Escola Profissional de Arte de Mirandela.

Orlando Pires conta que o regresso está a ser feito com normalidade e com todas as condições de higiene e segurança, num trabalho de parceria entre o Município, as direções das escolas e os operadores dos transportes. “Sexta-feira foi feita a desinfeção das salas de aula, por parte do serviço municipal de proteção civil. Com os operadores foram desencadeadas todas as medidas de proteção, para que hoje os alunos do meio rural ao entrarem no autocarro tivessem a sua máscara fornecida pela câmara municipal. Em articulação com a Dgeste e o agrupamento de escolas de Mirandela, estamos a fornecer as refeições aos alunos dos escalões A e B. São 20 crianças do primeiro ciclo e 9 alunos do 2º e 3º ciclo. Vamos perceber se os alunos que agora regressaram, do 11º e 12º, necessitam desse apoio com o serviço de take-away”, adianta.

Na escola secundária são 229 alunos que vão ter aulas e o diretor do agrupamento de escolas de Mirandela, Vítor Esteves, revela que as turmas estão distribuídas pelos vários blocos do estabelecimento escolar. “A arquitectura desta escola é extensa, tem três hectares e os alunos vão estar distribuídos. Duas turmas no bloco 1, duas turmas no bloco 3, outras duas turmas no bloco 6 e quatro turmas no bloco 4 que é extenso e tem duas entradas”.

Não há sala de convívio, o bar está fechado e os assistentes operacionais cumprem todas as normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, garante Vítor Esteves. “Temos os cartazes elucidativos de como se lavam as mãos, como se coloca a máscara, para não mexerem em interruptores e puxadores, bem como cada vez que um professor sai e que eventualmente mexeu no livro de ponto, no apagador, ou mexeu na secretária, entra imediatamente um funcionário a fazer a desinfeção. Diria que neste momento, como ainda não há vacina, não há nenhum lugar completamente seguro, mas a escola tem todas as condições de segurança”.

Diga-se ainda que, os alunos utilizam os cinco portões de entrada da escola no acesso a cada bloco.

Na EPA de Carvalhais, regressaram 40 alunos que vão ficar na residência da escola. Já na Esproarte, que tem o ensino artístico e profissional, as aulas para os 54 alunos de 11º e 12º ano só vão recomeçar no dia 26 de maio, dado que o calendário escolar é diferente terminando mais tarde.

Jornalista: Fernando Pires

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