O Governo prolongou até às 23h59 de sexta-feira, 15 de agosto, a situação de alerta em todo o território continental, face às previsões meteorológicas que apontam para um cenário de risco extremo de incêndios rurais. A decisão, articulada entre diversos ministérios, visa garantir a continuidade do reforço operacional e intensificar a vigilância no terreno.
A medida envolve o empenho acrescido da GNR, PSP e Forças Armadas, com ações de fiscalização apertadas e meios prontos a atuar em caso de ignições. Segundo o Executivo, as limitações impostas nas últimas semanas têm tido efeitos positivos, com uma redução significativa no número de incêndios registados, embora não seja suficiente
Entre as restrições que permanecem em vigor está a interdição de acesso a áreas florestais, a proibição de queimadas e queimas de sobrantes agrícolas, bem como a utilização de maquinaria em espaços suscetíveis e o lançamento de fogo de artifício.
Algumas exceções são admitidas, desde que essenciais e acompanhadas de medidas de precaução rigorosas. Atividades como a alimentação de animais, extração manual de cortiça e apicultura sem uso de fumo continuam permitidas. Também será possível realizar colheitas com maquinaria e outros trabalhos agrícolas ou florestais, desde que ocorram entre o pôr do sol e as 11h da manhã e haja comunicação prévia à Proteção Civil.
O prolongamento do estado de alerta implica ainda a mobilização contínua de equipas de sapadores florestais, vigilantes da natureza e agentes florestais, reforço de patrulhas no terreno e no ar, bem como a disponibilidade de meios médicos e sociais para situações de emergência. As forças de segurança podem ver férias interrompidas e folgas suspensas para garantir a resposta imediata a qualquer ocorrência.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil continuará a emitir avisos regulares à população, enquanto as Forças Armadas mantêm meios aéreos de prevenção e combate prontos para serem acionados.
Jornalista: Vitória Botelho