O mirandelense Rui Borges, treinador do Nacional, tem como principal objetivo fazer regressar a equipa madeirense ao principal escalão do futebol português, no final desta temporada.

O clube insular ocupa atualmente o sexto lugar, na Segunda Liga, mas o jovem técnico de 40 anos acredita que ainda será possível chegar a um dos lugares que dá acesso à Primeira Liga. “Sabemos que será uma caminhada bastante difícil, mas motivados para o que aí vem e acreditamos plenamente que até ao fim, tudo faremos para estar nos lugares de cima a lutar pela subida, que é esse o objetivo claro da estrutura em si e do grupo de jogadores”, diz.

Rui Borges começou a temporada na Académica de Coimbra, onde na época transata tinha estado próximo de conseguir a subida de divisão, mas este ano os resultados não estavam a ser os desejados.

Agora no Nacional com o objetivo de subida, o mirandelense diz que não sente pressão por tão elevada fasquia. “Só nos fortalece e só nos faz crescer, porque estamos a lutar por algo de bom e que queremos lutar por isso. Por isso, para nós a pressão é a melhor do mundo, porque é para ganhar e sermos os melhores, por isso só nos deixa mais motivados”, conta.

Treinador desde a época 2017/2018, logo após pendurar as chuteiras no seu clube do coração, o Sport Clube Mirandela, Rui Borges passou pelo Académico de Viseu, pela Briosa e agora no Nacional. Apesar de assegurar que quer dar passos seguros e firmes na sua carreira, confessa que a sua ambição é treinar uma equipa da primeira liga. “Ao longo deste pouco tempo de treinadores, temos subido degrau a degrau com competência.

Agora, chegar à primeira Liga é claramente o nosso objetivo e não foge do nosso horizonte, mas sabemos que temos de ir devagar e continuar a trabalhar e demonstrar a tal competência. Se for com o Nacional, tanto melhor”, refere.

Rui Borges deixa entender que até já foi sondado para treinar clubes da Liga Principal. “Houve o problema dos cursos. Felizmente, já tenho o nível 3, falta-me o 4 para treinador principal da Primeira Liga. Esse problema existiu nos últimos dois anos, porque houve algumas sondagens no passado que não se concretizaram por causa disso, mas no futebol temos de ser bastante competentes para conseguirmos crescer naquilo que é a carreira, mas às vezes também sem um empurrão e uma ajuda de alguém que acredita em nós e veja que somos competentes não conseguimos.

Nesse aspeto, tive a ajuda do Zé Luís” (empresário) “que acreditou naquilo que podíamos ser enquanto treinadores, catapultou-nos para o Académico de Viseu porque as pessoas também acreditavam nele, e depois, claro, a nossa competência acabou por fazer o resto”.

Borges continua muito ligado ao seu clube do coração e também ao que tem sido a evolução do filho, Mário Borges, de 21 anos, na equipa alvinegra, que esta temporada já leva 4 golos. “Fico feliz, acima de tudo por ver que ele tem sido um bom filho, tem organizado bem a vida dele porque estuda e joga, concilia as duas coisas e deixa feliz a família.

Ele tem o sonho de ser jogador de futebol e vou ajudá-lo no que puder e admito que o facto de o pai ter sido jogador, agora treinador, e o avô também foi jogador, acabou por ter um peso sobre ele, mas fico feliz porque ele é muito focado, tem as suas qualidades, diferentes do pai e do avô, e acredito que vai conseguir onde deseja, mas tem de ter os pés bem assentes no chão e perceber que está no Mirandela e tem de trabalhar para jogar e depois as coisas vão surgindo”, acredita.

Jornalista: Fernando Pires

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