A Rural Move – Associação para a Promoção do Investimento nos Territórios de Baixa Densidade, sediada em Miranda do Douro, conquistou o Prémio Manuel António da Mota 2024, no valor de 50 mil euros. O anúncio foi feito esta tarde, durante a cerimónia realizada no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde foram também revelados os restantes premiados da 16.ª edição.

A iniciativa, promovida pela Fundação Manuel António da Mota, distinguiu ainda nove instituições nacionais. O segundo lugar foi atribuído à Cáritas da Ilha Terceira, que receberá 25 mil euros, enquanto o terceiro prémio, no valor de 10 mil euros, foi entregue ao MADI – Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual de Vila do Conde. Sete outras organizações foram reconhecidas com menções honrosas, cada uma contemplada com cinco mil euros: ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal; Brigada do Mar – União; CAID – Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente; CASA – Centro de Apoio ao Sem-Abrigo; Centro Assistencial Cultural e Formativo do Fundão; Centro Paroquial e Social de Lanheses; e Fundação Rui Osório de Castro.
Fundada em 2020, a Rural Move tem como missão promover o investimento, o repovoamento e a revitalização dos territórios de baixa densidade, que representam 80% da área do país mas apenas 20% da população. A associação dirige-se a quem procura viver, trabalhar ou investir em zonas rurais — os chamados “novos rurais” — entre os quais jovens, trabalhadores remotos, empreendedores, migrantes e membros da diáspora. A sua plataforma de apoio facilita processos de mudança, integração comunitária e fixação de novos residentes, respondendo ao que considera ser uma lacuna histórica: a falta de uma estrutura colaborativa que incentive de forma eficaz a migração para o interior.
Num país marcado pela desertificação humana, envelhecimento populacional, perda de serviços e declínio económico em vastas regiões, a Rural Move procura contrariar tendências que, segundo dados da própria associação, têm vindo a agravar-se ao longo de décadas. Inspirado na medida “MOVE IN” do Plano de Valorização do Interior (2018), o projeto pretende reforçar a coesão territorial e revitalizar comunidades que enfrentam desafios demográficos persistentes.
Sob o lema “Sempre Solidários”, a edição deste ano procurou distinguir instituições que se destacam em áreas como combate à pobreza, inclusão social, acolhimento de migrantes e refugiados, valorização do interior, educação, saúde, emprego, inovação social e transição digital e climática. “Reforçamos o nosso compromisso com um país mais justo, coeso e solidário”, afirmou na cerimónia Rui Pedroto, presidente da comissão executiva da Fundação Manuel António da Mota.
Criado em 2010, o Prémio Manuel António da Mota reconhece anualmente organizações que se evidenciam no âmbito da solidariedade, desenvolvimento social e coesão territorial. A Fundação Manuel António da Mota, declarada de utilidade pública em 2014, atua em áreas como habitação, saúde, educação, formação, cultura e ambiente, tanto em Portugal como noutros países onde marca presença.
A edição deste ano reforça a importância do trabalho desenvolvido por organizações que, um pouco por todo o país, procuram responder aos desafios sociais mais prementes através de projetos inovadores e de impacto comprovado.

A Redação com Lusa
Foto: DR

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