Seis abutres-pretos foram devolvidos à natureza no Parque Natural do Douro Internacional, em Freixo de Espada à Cinta, no dia 24 de outubro, num gesto simbólico de esperança para a recuperação da colónia mais frágil desta espécie em Portugal. A ação integrou o projeto LIFE Aegypius Return, que visa reforçar as populações nacionais deste abutre ameaçado.
As aves, resgatadas e reabilitadas em vários centros de recuperação de fauna, como o CRAS-HV-UTAD, o CERAS, o CARAS, o Parque Biológico de Gaia e o CRASM, foram libertadas após um período de aclimatação e equipadas com emissores GPS para monitorização.
A devolução à natureza é especialmente relevante por ocorrer numa área recentemente afetada por um grande incêndio, que destruiu ninhos e causou a morte de crias, levando à criação de um plano de emergência de conservação.
A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, responsável pela libertação faseada, organizou o evento com a participação de entidades parceiras, alunos e comunidade. Os estudantes batizaram as aves com nomes ligados ao território, como Brisa, Bétula e Bruçó.
Segundo a Palombar, esta ação representa um passo essencial na recuperação da colónia transfronteiriça do Douro Internacional e reforça a cooperação entre instituições científicas, escolas e população na proteção de espécies ameaçadas.
O LIFE Aegypius Return, cofinanciado pelo Programa LIFE da União Europeia, envolve várias entidades nacionais e internacionais. As aves continuarão a ser monitorizadas nos próximos meses para avaliar a sua adaptação ao meio natural, um verdadeiro sinal de esperança a sobrevoar os céus do Douro Internacional.
Jornalista: Luís Lopes
Foto: Palombar



 
            








 
		


