O STOP – Sindicato de Todos os Profissionais de Educação – continua a realizar várias ações de protesto nas escolas. Por Mirandela, esta manhã, vários professores concentraram-se de novo em frente à escola secundária, sede do Agrupamento de escolas de Mirandela, para mostrar a sua indignação com os serviços mínimos decretados pelo Colégio Arbitral.

“A partir de amanhã, temos serviços mínimos com uma realidade absurda que é mostrar que a escola chega quando os jovens têm três horas de aulas por dia, como se a escola fosse um depósito ou uma fábrica de chegar aqui e descarregarem os seus filhos e terem três aulas e está tudo resolvido. Isto é claramente um atentado a um direito constitucional, que é o direito à greve”, adianta Rui Feliciano, do STOP

Mas o protesto do tem outras razões. Rui Feliciano fala em novas propostas apresentadas pela tutela que entende serem lesivas da integridade profissional dos professores. “O Ministério vem com a história dos quadros de zona e com a obrigação dos concursos e desta mobilidade dentro desta região, que chamam de quadro de zona, que aparentemente podia ser benéfico porque a área geográfica diminuiu, mas na realidade torna-se penoso porque deixamos de ser docentes do quadro escola e passamos a ser docentes do quadro de zona, que no nosso caso pode levar alguns professores até ao Pinhão e se pensarmos num professor que tem de se deslocar de Torre de Dona Chama ao Pinhão ainda é uma distância considerável”, diz.

Rui Feliciano sublinha que a intenção desta iniciativa tem um significado simbólico “para assinalar a véspera de mais uma greve para contestar mais um atentado à dignidade de ser português e de viver num país que se diz democrático no século XXI”.

Entretanto, a direção do agrupamento de escolas de Mirandela informou que esta ação do STOP não está a ter grandes consequências na atividade letiva. O mesmo já não deve acontecer, esta quinta e sexta-feira, com mais greves programadas, mas com os profissionais da educação a terem de cumprir os serviços mínimos

Jornalista: Fernando Pires

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