O Quarteto Quíron, um quarteto de cordas, que conta com o mirandelense Ricardo Vieira e mais três elementos – Edgar Gomes (violino), José Miguel Freitas (viola) e Maria Nabeiro (violoncelo) – oriundos de Lisboa, Porto e Braga, ganhou o Prémio Especial pela sua melhor interpretação de uma peça contemporânea com a obra “Gravitating in Space” do compositor israelita, Hed Bahack, na Karol Szymanowski International Music Competition, na Polónia.

Ricardo Vieira não esconde a satisfação e alguma surpresa com a distinção. “Quando vamos a um concurso, ambicionamos sempre ir o mais longe possível”, admite. “Aqui, conseguimos chegar até às semifinais, tivemos um bom feedback do júri em relação a esta peça, mas não estávamos à espera do prémio, mas ficámos mesmo contentes por ter recebido”, confessa.

O Quarteto Quíron foi formado em 2020, em plena pandemia da Covid-19, mas “até foi bom”, revela Ricardo. “Tínhamos mais tempo e o trabalho do quarteto requer muito tempo e muita paciência, principalmente no início. E foi bom começar no meio da pandemia porque tínhamos bastante tempo para estarmos juntos e para começar a desenvolver a formação de quarteto. E agora surgiu esta grande aventura de participarmos neste concurso internacional”, refere.

Ricardo Vieira reside em Bruxelas, onde terminou os estudos, depois de dois mestrados em Genebra e na Bélgica e de uma pós-graduação com o quarteto. Por agora, a sua vida passa pelo estrangeiro, porque “temos mais oportunidades. Aqui em Bruxelas temos acesso a muita variedade e para além disso estamos perto da Holanda, de França, estamos a duas horas de Londres, estamos super perto da Alemanha, ou seja, nós no fundo estamos no meio da Europa e oportunidades há imensas aqui, assim, para já, o futuro passa por aqui”, afirma Ricardo que confessa ter um desejo: “num futuro mais longínquo gostava de trazer essa música e esses conhecimentos para Portugal”.

Para além do quarteto, Ricardo é membro da orquestra de câmara da Bélgica, faz reforço na orquestra nacional da Bélgica, na orquestra da Ópera da Flandres e na orquestra Bruxelas Filarmónica e tem sido constantemente chamado a uma orquestra de cordas belga, fazendo ainda com regularidade atuações com a Orquestra XXI em Portugal.

O violinista que deu os primeiros passos no mundo da música na Esproarte tem como grande objetivo, ao nível da orquestra, “conseguir um lugar fixo, e a nível do quarteto a ideia é continuar a fazer concursos, continuar a ter aulas com grandes professores, grandes músicos, porque a verdade é que só participando em concursos é que uma pessoa começa a ganhar nome e a ser reconhecida”, conclui.

Por agora, o prémio também traz maior visibilidade ao quarteto de cordas Quiron que conta já com atuações em países como Portugal, França, Bélgica, Holanda, Suíça e Itália e em festivais como Casa del Quartetto e Crans-Montana Classics.

Jornalista: Fernando Pires

Dizeres Populares TASTY ARREGUILAR OS OLHOS Mirandela Braganca 730x90px
Design sem nome (5)
Dizeres Populares BATATAS TAO ESTALADICAS Mirandela Braganca 730x90px
Alheiras Angelina
Dizeres Populares BIG MAC VAI NUM AI Mirandela Braganca 730x90px
Banner Elisabete Fiseoterapia
banner canal n
IMG_9798
Artigo anteriorLARGO DA IGREJA EM VILARES ALVO DE REQUALIFICAÇÃO 
Próximo artigoALFABETIZAÇÃO E LITERACIA EM DEBATE EM CHAVES POR UMA CIDADANIA MAIS ATIVA