Começa hoje o peditório nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). No distrito de Bragança, cerca de uma centenas de pessoas vão ajudar a instituição.

Segundo a LPCC, a verba arrecadada neste peditório anual permite à liga apoiar doentes oncológicos e os seus cuidadores e promover atividades de promoção da saúde, de prevenção do cancro e de estímulo à formação e investigação em oncologia.

Anabela Anjos, voluntária da delegação e responsável pelo peditório, em declarações à rádio Brigantia, explicou que há “voluntários dos 8 aos 80”.

O plano é fazer “turnos de duas pessoas, em cada sítio, de três em três horas. Temos cerca de cem pessoas no terreno, entre aqueles que são escalados para os supermercados, cemitérios e para o peditório de rua, porta a porta. Temos também algumas latas em farmácias e estabelecimentos comerciais. As pessoas que vêm pela primeira vez são as primeiras a dizer, no ano a seguir, ‘não te esqueças de mim, eu também quero ir’”,concluiu.

Em declarações à Lusa, o presidente da LPCC, Vitor Rodrigues, explicou que no ano passado, tanto o número de voluntários como a verba angariada caiu para metade, passando de 1,5 milhões para cerca de 890 mil euros, num ano em que só em despesas sociais (medicamentos, transportes e outras despesas básicas dos doentes) a instituição gastou 1,3 milhões de euros.

“É um valor muito grande para um país europeu”, considerou, lembrando que são cada vez mais as pessoas que precisam de ajuda e que a instituição, à semelhança do ano passado, terá de encontrar outras formas de angariação.

Refira-se que, como nos anos anteriores, o peditório é apadrinhado por Cristiano Ronaldo, sob o mote “O melhor do mundo é ajudar”. O peditório tem a duração de quatro dias, 29 de outubro a 1 de novembro.

Além desta ação, continuar a ser possível fazer uma doação online. Recorde-se que “o cancro é a segunda causa de morte mais frequente em Portugal, com 50 mil novos casos em 2018”, refere a organização não-governamental, sublinhando ainda que “o cancro colorretal, da mama e da próstata são os mais prevalentes em Portugal”.

Por: Márcio Gué

Foto: José Mota/Arquivo Global Imagens

Texto editado por Rita Teixeira (Jornalista)

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