No Dia Internacional do Animal Abandonado, que se assinala sábado, 16 de agosto, a Guarda Nacional Republicana (GNR) reforça o alerta para a gravidade dos crimes de abandono e maus-tratos de animais de companhia, lembrando que estas práticas são puníveis por lei.
Segundo a força de segurança, a adoção implica um compromisso de responsabilidade e cuidados permanentes, pelo que o abandono “nunca é uma opção aceitável”. A GNR sublinha que existem atualmente alternativas seguras e adequadas para os tutores que não possam assegurar os cuidados durante ausências prolongadas, como férias ou deslocações.
Crimes em queda nos últimos anos
Os dados revelam uma redução no número de crimes registados nos últimos anos. Entre 2022 e 2025, até 31 de julho, os casos de maus-tratos passaram de 704 para 347 e os de abandono de 491 para 214.
Ainda assim, a GNR destaca que os abandonos continuam a verificar-se sobretudo durante o período de verão e, em menor número, após a época natalícia, quando alguns animais oferecidos como presentes acabam por ser deixados para trás pelos tutores.
Distritos mais afetados
Os distritos de Setúbal, Porto, Braga, Faro e Lisboa concentram a maioria das ocorrências registadas entre 2022 e 2025. Nesse período, a GNR deteve oito pessoas e identificou 755 suspeitos relacionados com estes crimes.
Cães e gatos entre as principais vítimas
De acordo com a análise feita pela Guarda, canídeos e felídeos continuam a ser os animais de companhia mais frequentemente vítimas de abandono.
Através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), a GNR reitera o seu compromisso com a defesa do bem-estar animal e apela à denúncia de situações de maus-tratos ou abandono. As comunicações podem ser feitas pela linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), pela plataforma online disponível em www.gnr.pt ou através do email [email protected].
A Redação,
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