A GNR deteve ontem, terça-feira, 26 de agosto, em Vila Marim, concelho de Vila Real, um homem de 55 anos suspeito de ter provocado um incêndio florestal. A detenção ocorreu após uma denúncia e graças à intervenção de Diogo Nóbrega, candidato à junta de freguesia de Vila Marim, que surpreendeu o alegado incendiário no momento em que estaria a atear o fogo e publica esse mesmo momento nas redes sociais.
De acordo com o Comando Territorial de Vila Real, o suspeito foi intercetado pelos militares na posse de um isqueiro, instrumento que terá sido utilizado para provocar o incêndio por chama direta. O objeto foi apreendido e o homem constituído arguido.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Vila Real, que determinou hoje, ao final da tarde, a medida de prisão preventiva para o detido, considerada a mais gravosa no quadro das medidas de coação.
“Vitória do bem”
Após a confirmação da prisão preventiva, Diogo Nóbrega utilizou uma vez mais as redes sociais para relatar o sucedido e agradecer as manifestações de apoio que recebeu. Na sua publicação, destacou o risco da intervenção e a importância da ação conjunta:
“Arrisquei, dei a cara e mostrei a cara, podia ter acontecido tudo naqueles minutos de tanta angústia, mas se há algo que nunca duvidei foi e será sempre do meu caminho, do caminho que escolho dia após dia”, escreveu o candidato.
Sublinhando que não se trata de uma vitória pessoal, mas de uma vitória “do bem”, Nóbrega apelou à seriedade e à união no combate aos incêndios:
“São milhões de vidas afetadas, são milhões de euros perdidos, são vidas que não se recuperam. Hoje sinto uma alegria muito grande porque, pelo menos por agora, a justiça está a ser correta.”
Portugal tem enfrentado um verão particularmente severo em termos de risco de incêndio, com várias ocorrências no norte do país. As autoridades reforçam o apelo à vigilância e à denúncia de comportamentos suspeitos, lembrando que o crime de incêndio florestal é punido com pena de prisão que pode ir até 12 anos.
A Redação,
Fotos: DR



