A Fundação Casa de Mateus recebeu no passado sábado (18) a cerimónia de entrega do Prémio D. Diniz, um dos galardões literários mais antigos e conceituados de Portugal. Na edição deste ano, foram distinguidas obras de 2023 e 2024. Carlos Ascenso André foi premiado pela tradução de Arte de Amar, de Ovídio, enquanto J. Rentes de Carvalho recebeu o reconhecimento pela obra Cravos e Ferraduras.
O júri, composto pelos escritores Fernando Pinto do Amaral, Mário Cláudio e Pedro Mexia, destacou a tradução de Ascenso André por ser a primeira realizada diretamente do latim para o português, numa edição bilíngue que preserva a força poética e a ironia do texto original.
Já J. Rentes de Carvalho foi premiado por Cravos e Ferraduras, obra que combina memória, crítica e empatia para oferecer um retrato singular da sociedade portuguesa. O escritor não pôde marcar presença, e foi o seu editor, Francisco José Viegas, quem recebeu o prémio em seu nome.
A cerimónia, que decorreu na Casa de Mateus, contou com a presença do premiado escritor Carlos Ascenso André, acompanhado de Francisco José Viegas, editor da Quetzal representando Rentes de Carvalho, assim como do Secretário de Estado da Cultura, entre outras personalidades. A Banda de Música de Mateus marcou presença na celebração, que terminou com um jantar especial preparado pelo chef Fernando Gomes.
Criado em 1980, o Prémio Literário D. Diniz é entregue anualmente pela Fundação Casa de Mateus e distingue publicações de poesia, ficção, ensaio ou teatro do ano anterior, celebrando a criatividade e o talento literário nacionais.
Jornalista: Vitória Botelho
Fotos: Fundação da Casa de Mateus


