A Amnistia Internacional divulgou novos alertas sobre graves violações de direitos humanos em várias partes do mundo. Entre as principais preocupações estão as restrições ao acesso ao aborto na Europa, o agravamento da violência no Sudão, a urgência de ações climáticas justas no Brasil e a aprovação histórica de uma lei sobre consentimento sexual em França. No Brasil, a organização também denunciou um massacre sem precedentes ocorrido no Rio de Janeiro.
Na Europa, a Amnistia Internacional apelou aos governos para que garantam o acesso universal e igualitário aos serviços de aborto, sublinhando que este é um direito humano fundamental. O novo relatório, “Quando os direitos não são reais para todos: A luta pelo acesso ao aborto na Europa”, denuncia os esforços crescentes para restringir este serviço essencial de saúde.
No Sudão, a organização alertou para a intensificação dos ataques das Forças de Apoio Rápido (RSF) na região de Kordofan. A cidade de Bara foi tomada pelas RSF, e pelo menos 40 civis terão sido mortos num ataque com drones perto de El Obeid, a 3 de novembro. A Amnistia exige proteção urgente para a população civil.
No Brasil, a entidade destacou dois temas críticos. Antes da realização da COP30, a Amnistia pediu que os líderes mundiais priorizem as pessoas em vez dos lucros, apelando para uma transição energética justa e uma eliminação rápida e financiada dos combustíveis fósseis. Em outro comunicado, condenou fortemente a chamada “Operação Contenção”, no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos entre eles quatro polícias e múltiplas denúncias de execuções extrajudiciais, sendo considerada a operação mais letal da história do estado.
Já na França, a Amnistia Internacional celebrou a aprovação no Senado de uma nova definição de violação baseada no consentimento, classificada como “um passo histórico” pela responsável de justiça de género da organização, Lola Schulmann. A medida representa uma conquista de anos de luta de vítimas e movimentos feministas pela reformulação da legislação penal francesa.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: DR




















