O Pavilhão Gimnodesportivo do Inatel e o Campo de jogos da Reginorde, em Mirandela, passam a estar equipadas com Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE), informou, esta tarde, a câmara de Mirandela, em comunicado.

São dispositivos eletrónicos portáteis que, em situações de paragem cardiorrespiratória, analisam o ritmo cardíaco e nas situações indicadas aplicam um choque elétrico com o intuito de se retomar um ciclo cardíaco normal e assim evitar a morte da vítima.

Tendo em conta que o Pavilhão Gimnodesportivo do Inatel e o Campo da Reginorde são equipamentos desportivos vocacionados para o desenvolvimento de atividades nas áreas recreativa, formativa e de competição, “pretende-se assegurar que estas importantes infraestruturas no desenvolvimento desportivo atual façam parte da rede de DAE”, reforça a autarquia.

Desta forma, a cidade passa a contar com a implementação de um Programa DAE alargado a três equipamentos desportivos, após a implementação de um primeiro dipositivo na Piscina Municipal de Mirandela, e com “um aumento de 6 para 24 operacionais formados para operar este sistema”.

A autarquia lembra que a paragem cardiorrespiratória é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos.

Em Portugal estima-se que ocorram 10.000 casos todos os anos acontecendo quase sempre de forma súbita, inesperada e fora do meio hospitalar.

Na grande maioria dos casos o único tratamento eficaz é a desfibrilhação elétrica (choque) e o factor mais importante para o sucesso da intervenção é o tempo que decorre entre o colapso da vítima e o início de manobras de Suporte Básico de Vida e a utilização de um desfibrilhador.

Estudos demonstram que em Portugal a taxa de sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorrespiratória presenciada é inferior a 3%.

Este valor compara com uma taxa de sobrevivência de 74% em locais com Programas DAE.

Jornalista: Fernando Pires

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