Alguns populares apontam o dedo ao proprietário do terreno anexo por ter removido terra e pedras que alegadamente colocam em perigo de derrocada parte do troço. Há dois anos que o casos está sinalizado. 

Na aldeia de Vilar de Ledra, freguesia de Carvalhais, no concelho de Mirandela, nos últimos dois anos, parte de um caminho público tem vindo a ceder, alegadamente, devido a trabalhos efetuados pelo proprietário do terreno anexo de remoção de terras e pedras que sustentam o muro de suporte.

Na semana passada, o serviço de proteção civil do Município de Mirandela decidiu interditar aquele troço do caminho por considerar que já não garantia segurança, devido à ameaça de derrocada.

Alguns habitantes mostram-se revoltados com a situação, alegando que o caminho alternativo “não está em condições” e não entendem a falta de respostas. “Em dois anos, nada foi feito, o senhor sempre continuou com a obra. Os engenheiros que vieram aqui não disseram mais nada e estamos em novembro de 2021 e nada foi feito. Cortaram este acesso e como alternativa temos um caminho que não dá para circular com segurança”, refere Anabela Nascimento

Esta habitante de Vilar de Ledra revela mesmo que o condutor da ambulância que iria transportar a sua mãe para uma unidade hospitalar do Porto terá recusado deslocar-se a casa devido às más condições do caminho alternativo. “O condutor avisou que assim não pode circular com a ambulância, porque é muito arriscado”.

Outra habitante não esconde a revolta com a demora para resolver este caso que já leva dois anos. “É lamentável que se passem coisas destas, como é que a ambulância pode passar por aquele caminho alternativo que está cheio de pedras que batem por baixo dos acarros e quando chove ainda fica pior”, afirma esta habitante de Vilar de Ledra.

Confrontado com estas queixas, o presidente da junta de freguesia de Carvalhais responde em comunicado, garantindo que desde que teve conhecimento do assunto, fez “todas as diligências com as entidades competentes, com sentido de responsabilidade e no estrito cumprimento da lei, lamentando assim o transtorno que tem causado a interdição da rua”.

Na nota enviada à nossa redação, Nélson Teixeira, revela que, já há dois anos, alertou a GNR e o serviço municipal de proteção civil sobre a destruição do muro. 

Em outubro deste ano, o presidente daquela junta adianta que constatou “que se encontrava no local uma máquina retroescavadora, que alargava o terreno à medida que o caminho ia desmoronando, tendo mais uma vez chamado a GNR ao local, que mandou suspender os trabalhos”, conta. 

Ainda segundo o comunicado, no passado dia 2 de novembro, a junta alertou as entidades de que o caminho “já não garantia segurança”. O presidente da junta diz mesmo ter sido informado pelo Município que “estão a ser tomadas todas as medidas para a reposição da via o mais rápido possível”.

Entretanto, a GNR informa que o caso está mesmo a ser investigado pelo Ministério Público por indícios de se estar perante um crime de destruição de património público.

Diga-se que o proprietário do terreno anexo recusou prestar declarações sobre o assunto.

Jornalista: Fernando Pires 

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