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Entre boas bases e bloqueios profundos: o retrato da competitividade de Portugal

Ter boas infraestruturas, uma população relativamente qualificada e abertura ao comércio internacional já não chega para garantir prosperidade. O mais recente “Ranking de Competitividade Internacional 2025”, do IMD, na Suíça, mostra bem esse paradoxo: Portugal mantém-se na metade inferior da tabela, ocupando o 37.º lugar entre 69 países — uma ligeira descida (uma posição) face ao ano anterior. Não se trata de uma queda abrupta, mas de mais um sinal de estagnação num contexto global cada vez mais competitivo.

A análise das várias dimensões do índice revela um desempenho claramente desigual. Portugal encontra-se melhor classificado na Infraestrutura Básica, na Educação e no Comércio Internacional, com posições entre o 16.º e o 22.º lugar. Estes resultados indicam que o país dispõe de bases sólidas para inovar — ao nível das infraestruturas e do capital humano — e para se internacionalizar, ainda que nem sempre consiga traduzir esse potencial em dinamismo económico efetivo.

No lado das fragilidades, o cenário é bem mais preocupante. Portugal apresenta desempenhos muito fracos em dimensões essenciais para atrair investimento e fomentar a produtividade. O país classifica-se pior na Política Fiscal, na Economia Doméstica, na Produtividade e Eficiência, nas Práticas de Gestão, na Eficiência Financeira e na Mão-de-obra, surgindo sempre entre o 43.º e o 56.º lugar. Estes resultados espelham um enquadramento fiscal pouco competitivo, um mercado interno pouco dinâmico, dificuldades na mobilização de capital, práticas de gestão aquém da fronteira internacional e um mercado de trabalho que não maximiza o talento disponível.

Em síntese, o retrato do IMD é o de um país com algumas boas fundações, mas com entraves profundos no funcionamento da economia e no contexto em que as empresas geram valor. A competitividade de Portugal depende cada vez mais da capacidade de remover estes bloqueios estruturais. Sem reformas que tornem o ambiente económico mais previsível, eficiente e favorável à iniciativa privada, o potencial existente dificilmente se transformará em crescimento económico sustentável e numa melhoria duradoura do bem-estar.

André Pinção Lucas e Juliano Ventura

3 de dezembro de 2025

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