A Guarda Nacional Republicana (GNR) emitiu hoje um comunicado após a detenção de dez dos seus militares no âmbito da Operação “Safra Justa”, desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ) na manhã desta terça-feira, 25 de novembro. Os detidos são suspeitos de envolvimento em práticas ilegais relacionadas com a vigilância de trabalhadores estrangeiros.
Segundo a GNR, toda a operação contou com a “total colaboração” da instituição, tanto no momento das detenções como na apresentação dos militares ao primeiro interrogatório judicial. Paralelamente, foram já articuladas diligências com a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), entidade que ficará responsável pela instrução dos processos administrativos e disciplinares que venham a ser desencadeados.
A Guarda sublinha que, por força do segredo de justiça, não possui conhecimento formal sobre os crimes concretos imputados aos seus elementos. No entanto, cita o comunicado divulgado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), onde se descreve que os militares, alegadamente em troca de vantagens económicas e atuando fora das suas funções, terão exercido controlo sobre trabalhadores estrangeiros, recorrendo a ameaças e desencorajando as vítimas de apresentar queixa às autoridades.
A instituição reafirma que, caso os factos se confirmem, estará empenhada em assegurar a responsabilização criminal dos envolvidos, colaborando integralmente com o Ministério Público e com a PJ. Reitera ainda que comportamentos que atentem contra os princípios éticos da Guarda ou que desrespeitem direitos humanos são “incompatíveis” com a missão da força.
No final da nota, a GNR reforça a confiança no trabalho diário dos seus profissionais e repudia qualquer ato que ponha em causa a dignidade das pessoas ou o bom nome da instituição.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: DR



















