A Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE), tem deixado os produtores de gado bovino do Planalto Mirandês preocupados quanto à perda de rendimentos nas explorações.

A Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE) é uma doença de etiologia viral que afeta os ruminantes, em especial os bovinos. Esta doença é provocada por um mosquito, no entanto, não é transmitida para os humanos.

Quando afetados, os animais ficam vulneráveis, uma vez que a sua imunidade fica mais comprometida, algo que tem deixado os agricultores apreensivos.

“Depois de um cenário de seca que já dura há dois anos vir agora uma peste é de ficar muito apreensivo em relação ao futuro das explorações pecuárias e consequente produção de carne, neste caso”, revela, à Lusa, o secretário técnico da Associação Nacional de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa, Válter Raposo.

Os primeiros casos detetados no território ocorreram em julho e agosto, no entanto, só em setembro é que se tornaram mais frequentes. Entre os concelhos mais afetados pela Doença Hemorrágica Epizoótica está Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

O município de Miranda do Douro adquiriu, para aplicação nos bovinos adultos do concelho, um produto que combate e previne uma serie de insetos, entre os quais, aquele que transmite a doença em causa.

A autarquia relembra que “se tem bovinos adultos, dirija-se o mais breve possível ao ADS em Palaçoulo”, que colabora com o município na distribuição do produto. “Siga as instruções dadas no ato de entrega e aplique o produto o mais rápido possível, para obter uma proteção eficaz nas próximas 4 a 6 semanas” explicam.

Febre e falta de apetite, estomatite ulcerativa- lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir, coxeira devido à inflamação das coroas dos cascos, úbere avermelhado e a possível morte do animal são alguns dos sintomas e situações que podem acontecer.

Jornalista: Lara Torrado

Slider