A 24.ª edição da Maratona de Cartas da Amnistia Internacional já arrancou, mobilizando milhões de pessoas em mais de 200 países para agirem em defesa de pessoas e comunidades em risco. Este ano, os casos-chave incluem a libertação da advogada tunisina Sonia Dahmani, a exigência do fim das queimas tóxicas de gás no Equador, a proteção urgente das terras do povo Sámi na Noruega, justiça para o adolescente sul-africano Unecebo Mboteni e o fim das latrinas perigosas em jardins de infância na África do Sul.
Em Portugal, a Amnistia Internacional criticou firmemente a aprovação, na generalidade, do projeto-lei do Chega que pretende proibir a ocultação de rosto em espaços públicos. A organização alerta que a medida é discriminatória, viola direitos fundamentais das mulheres que usam véu e ameaça liberdades como a privacidade, a expressão e a manifestação pacífica.
Também em destaque está uma nova investigação da AI em França, que acusa o TikTok de alimentar um ciclo de conteúdos de depressão, automutilação e suicídio para adolescentes que interagem com temas de saúde mental. O relatório “Dragged into the Rabbit Hole” revela falhas graves e sistemáticas do design da plataforma em proteger menores.
Em Lisboa, no dia 19 de outubro, milhares de pessoas juntaram-se à Marcha pela Palestina, organizada por AI Portugal, Fundação José Saramago, Greenpeace, Médicos Sem Fronteiras e outras organizações. A ação percorreu o Rossio até ao Largo José Saramago, clamando respeito pela vida e dignidade do povo palestiniano.
No Canadá, a Amnistia denunciou a condenação de três defensores indígenas Wet’suwet’en, detidos em 2021 durante uma operação policial no seu território ancestral, como um sinal alarmante do agravamento da repressão contra quem luta por direitos indígenas e justiça ambiental.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: Amnistia Internacional



















