Os dirigentes estudantis de Bragança acusaram os senhorios de aumentarem os preços das rendas aos estudantes que estão a receber apoio ao alojamento.

Belmiro Zaqueu, vice-presidente da Associação dos Estudantes Africanos em Bragança, afirmou, à agência Lusa, que “quando o Governo aprova o apoio ao alojamento para os estudantes portugueses, os senhorios estão de olho”, por esse mesmo motivo é que há “um aumento, uma especulação do preço da renda”.

O Governo tem cedido um complemento para alojamento aos estudantes que ronda os 456 euros e que varia de região para região. Em Bragança o apoio vai até aos 217 euros.

“Os senhorios sabem que, se o Governo está a pagar a esses estudantes esse valor por um quarto, eles têm capacidade para pagar. Mas não é assim para todos”, concluiu Belmiro Zaqueu.

André Caldeira, presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança, adianta que os senhorios se têm “aproveitado um bocadinho” e “cobram um valor a partir dos 200 euros” por quarto.

Em Bragança o preço médio de quarto ronda os 200 a 250 euros, fora as despesas, e, segundo André Caldeira, “é muito complicado arranjar alojamento”

A falta de oferta é um outro problema que a cidade de Bragança enfrenta, o que também tem contribuído para o aumento do preço. “Este apoio vindo do Governo é uma boa ajuda, mas o facto de apoiar não quer dizer que haja alojamento. Cada vez mais a falta de quartos é uma dificuldade”, frisa André Caldeira.

De forma a colmatar a falta de alojamento, o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, avançou que já foram lançados os concursos para quatro novas residências de estudantes, que estão orçadas em mais de 16 milhões de euros.

Jornalista: Lara Torrado

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