A viver um momento positivo em termos de resultados, Filipe Martins é o protagonista da mais recente edição da rubrica Homem do Leme, da Liga Portugal, numa entrevista em que vai além da análise tática e competitiva para revelar a dimensão humana de quem lidera o Desportivo de Chaves. Aos 47 anos, o treinador destaca a importância da saúde mental, da autenticidade na liderança e de um percurso construído com persistência no futebol português.

Conhecido pela exigência que impõe a si próprio, o técnico assume que aprendeu a distinguir responsabilidade de culpa ao longo da carreira. “Sempre me cobrei muito. Hoje percebo que não sou culpado, sou responsável”, afirma, sublinhando que o crescimento profissional passa pela partilha de experiências e pela aprendizagem contínua, não apenas dentro do futebol, mas também em áreas como a psicologia e a preparação mental. “É muito fácil atingir alguém nesta profissão. Por isso, procuro fortalecer-me”, acrescenta.
Nesse caminho, Filipe Martins revela ter adotado uma postura de maior isolamento em relação ao ruído exterior, afastando-se das redes sociais e da exposição excessiva. Uma escolha consciente para preservar o equilíbrio emocional num meio altamente exigente. “Esta profissão não é fácil. Um treinador toma decisões todos os dias e, quanto mais equilibrado estiver emocionalmente, melhores serão essas decisões”, sublinha, admitindo, ainda assim, que as noites após os jogos são particularmente difíceis. “Depois dos jogos, demoro a desligar. A primeira pessoa que analiso sou eu próprio”, confessa.
A liderança é outro dos pilares do seu discurso. O treinador do Chaves defende uma condução do grupo baseada na frontalidade e na verdade. “Não abdico de ser genuíno. Quando é preciso ter conversas duras, tenho-as, porque é assim que tem de ser”, afirma, elogiando o grupo que lidera, composto por uma combinação equilibrada entre experiência e juventude, ambição e irreverência.
O percurso de Filipe Martins no futebol é motivo de orgulho. Desde os escalões de formação e das divisões distritais da Associação de Futebol de Lisboa até à conquista do Campeonato de Portugal com o Real SC e à subida à I Liga com o Casa Pia, o técnico sublinha que não há atalhos nem fórmulas mágicas para o sucesso. “É trabalho, persistência e a sorte de alguém reparar em nós”, refere, destacando a importância do reconhecimento interno, vindo de dirigentes e jogadores, mesmo daqueles que jogam menos.
Agora ao leme de um clube com história e ambição de regresso ao principal escalão, Filipe Martins não esconde o objetivo: alcançar a subida de divisão com o Desportivo de Chaves. E, se tal acontecer, promete cumprir a tradição e fazer a caminhada até ao Santuário de São Caetano, símbolo de gratidão e compromisso com a cidade e os adeptos.
Entre resultados, reflexão e liderança, o treinador apresenta-se como um técnico que alia competência profissional a uma consciência cada vez mais clara da importância do equilíbrio humano no alto rendimento.

Jornalista: Edgar Pedreiro
Foto: GDC

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