O Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal (IP) a avançar com o concurso público para a renovação da superestrutura de via no troço Freixo de Numão – Pocinho, da Linha Ferroviária do Douro, num investimento global de 3,6 milhões de euros.
A autorização consta de uma portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República, que permite à IP proceder à repartição de encargos relativos ao contrato da empreitada, designada como “Linha do Douro – renovação da superestrutura de via – execução”.
De acordo com o diploma, o procedimento terá um preço base de 3,6 milhões de euros, sendo a despesa repartida entre os anos de 2025 e 2026. Estão previstos 200 mil euros para 2025 e 3,4 milhões de euros para 2026, verba que será suportada por fundos inscritos e a inscrever no orçamento da Infraestruturas de Portugal.
Com esta autorização, a IP fica formalmente habilitada a lançar o concurso público para a renovação dos carris, travessas e restantes elementos da via ferroviária entre os quilómetros 163,1 (Freixo de Numão) e 170,9 (Pocinho), no concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda.
Segundo o Governo, esta intervenção representa mais um passo no processo de modernização da Linha do Douro, contribuindo para a melhoria da segurança, fiabilidade e qualidade do serviço ferroviário naquele troço estratégico.
A portaria é assinada pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito.
Modernização em curso e ambições futuras
Atualmente, encontram-se já em curso as obras de modernização e eletrificação do troço entre Marco de Canaveses e o Peso da Régua, uma das intervenções mais significativas realizadas nas últimas décadas na Linha do Douro.
A Linha Ferroviária do Douro liga atualmente o Porto ao Pocinho, numa extensão de 171,5 quilómetros, sendo há vários anos defendida a sua modernização integral, assim como a reabertura do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva, em Figueira de Castelo Rodrigo, desativado desde 1988.
A concretização destas intervenções é vista como determinante para o reforço da coesão territorial, para a valorização do Douro enquanto destino turístico e para a promoção de uma mobilidade mais sustentável no interior do país.
A Redação com Lusa
Foto: DR



















