A ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do INEM, sediada em Mirandela, esteve inoperacional esta noite – entre as 20h00 e as 08h00 da manhã deste sábado – devido à greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar.


“Pela primeira vez em dez anos, um turno do INEM em Mirandela fica inoperacional”, afirma Rui Lázaro, presidente do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar (STEPH).

Com esta ambulância fora de serviço, Mirandela ficou sem ambulância do INEM, com o meio mais próximo passível de ser acionado será o helicóptero estacionado em Macedo de Cavaleiros ou a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Bragança.

O presidente do sindicato lamenta “os transtornos causados”, mas defende que “estão em causa os mais básicos direitos laborais”. A greve já está em vigor desde a passada segunda-feira e será por tempo indeterminado.

No entanto, tendo em conta que a paralisação é apenas às horas extraordinárias, não há lugar a serviços mínimos, “mas os técnicos garantirão a operacionalidade dos meios do INEM em caso de catástrofe ou numa situação excecional”, assegura Rui Lázaro.

O STEPH reivindica o cumprimento dos direitos laborais e a revisão da carreira, “de acordo com o compromisso do Ministério da Saúde assumido no final de 2022 e que levou ao levantamento da greve que decorreu na altura”, explica.

Em novembro foi revisto o índice remuneratório e, “como demonstração de boa-fé, acabamos por suspender a greve, com o compromisso de que a nossa carreira seria das primeiras a ser revista no início de 2023”. Rui Lázaro entende ter chegado a altura de iniciar o processo de revisão, sob pena de não conseguirmos levá-lo a bom porto até final de 2023″, afirma.

Apesar de a greve estar a decorrer há uma semana, Rui Lázaro lamenta não ter recebido qualquer contacto do INEM nem do Ministério da Saúde para negociar o levantamento da greve.

Jornalista: Fernando Pires

foto: Junta de Freguesia de Mirandela

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