Esta segunda-feira, os funcionários em regime de trabalho temporário cedidos pela empresa MULTITRAB à Resíduos Nordeste, iniciaram uma greve ao trabalho normal e suplementar. O sindicato menciona que a paralisação se situa nos 99%. A greve terminará sábado às 23h59.

Em declarações à agência Lusa, Cristina Torres, membro da direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), mencionou que “a adesão à greve ronda os 99% do total dos trabalhadores da Multitrab que prestam serviço à empresa intermunicipal Resíduos do Nordeste e que reclamam o fim dos contratos de trabalho precário”.

A greve tem como intuito reivindicar a admissão nos quatros da Resíduos do Nordeste, de forma a “garantir a manutenção dos seus postos de trabalho após o fim da concessão”, esta que termina no próximo dia 31 de dezembro.

De acordo com a Lusa, o sindicato requer “o aumento geral dos salários e de todas as prestações pecuniárias para todos os trabalhadores em 10%, no mínimo de 100 euros, para repor o poder de compra perdido nos últimos anos e a atualização da retribuição base mensal mínima na empresa para 850 euros mensais e o pagamento do subsídio de refeição para o valor de nove euros por dia”.

“Os trabalhadores estão unidos e vão manter a greve à recolha de lixo até sábado, até porque estão a exercer funções que são dos municípios e mantêm-se em condições de trabalho precárias”, menciona Cristina Torres e acrescenta que há trabalhadores que estão no serviço “há mais de 20 anos com contratos precários”.

A Resíduos do Nordeste tem sede em Mirandela e engloba os doze concelhos do distrito de Bragança e o de Vila Nova de Foz Côa.

Segundo a Lusa, dados publicados na página oficial da Resíduos do Nordeste revelam que estes 13 municípios “representam 143.777 habitantes e uma produção de resíduos estimada de 140 toneladas/dia ou 50 000 toneladas/ano”.

Jornalista: Lara Torrado

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