Direção da Associação dos Bombeiros optou pela continuidade do enfermeiro do INEM, que esteve durante três meses em regime de substituição depois da demissão de Edgar Trigo. Comissão de serviço é de cinco anos. 2º comandante e adjunto de comando devem ser conhecidos nas próximas horas.

Já era esperado, só faltava mesmo o anúncio oficial.

Luís Carlos Soares passa de comandante em regime de substituição a título definitivo nos bombeiros voluntários de Mirandela.

A decisão foi anunciada pela direção, na assembleia-Geral, da passada sexta-feira, depois de mais de três meses em que o enfermeiro do INEM assegurou, provisoriamente, o comando após a demissão de Edgar Trigo, o anterior comandante, no final do mês de Maio.

“É uma pessoa que conhece muito bem este corpo de bombeiros, quando a associação caiu num vazio de comando, assumiu e demonstrou, até à data, a competência para o cargo. Não foi uma decisão imposta por ninguém, mas antes uma decisão maturada, depois de o ouvirmos sobre a sua disponibilidade, escutamos o corpo de bombeiros, interagimos com o comando distrital. Neste momento a direção tem confiança na sua competência e estamos certos que foi a melhor decisão”, adianta o presidente da associação dos bombeiros de Mirandela.

Sílvio Santos confirma ainda que Luís Soares já entregou à direção a proposta dos nomes para integrarem o quadro de comando, ou seja, 2º comandante e adjunto de comando, para posterior nomeação. “Terá a nossa aceitação do quadro que constituir, porque é fundamental que o corpo de bombeiros tenha um quadro de comando constituído, o que já não acontece desde 2013, dado que a nossa associação, pela dimensão e abrangência que tem, não faz sentido ter toda a responsabilidade concentrada apenas numa pessoa”, acrescenta Sílvio Santos.

E Luís Carlos Soares diz estar pronto para arregaçar as mangas e constituir “um grupo de trabalho unido com elevados padrões de qualidade na prestação do serviço às populações”.

Luís Soares tem 36 anos, é enfermeiro do Instituto Nacional de Emergência Médica e conta 20 anos ao serviço dos bombeiros. Já fazia parte do comando anterior, liderado por Edgar Trigo, mas terminou a comissão de serviço em outubro de 2019, em litígio com os procedimentos internos do anterior presidente da direção. Desde então, manteve-se como oficial de bombeiro.

Após a demissão de Edgar Trigo, assumiu no dia 1 de junho deste ano, a função de comandante em regime de substituição, já que, de acordo com a legislação em vigor, era o único elemento do corpo de bombeiros que poderia assumir o cargo durante o período de transição, pelo facto de ser o bombeiro mais graduado do corpo ativo.

Face ao convite e ao projeto apresentado pela direção, Luís Soares diz que não podia dizer que não. “Este desafio não me tinha sido colocado anteriormente e nem estava nos meus objetivos pessoais ou profissionais a aceitação deste cargo que é de uma elevada responsabilidade para aquilo que é o futuro do corpo de bombeiros. Contudo, face ao momento e ao projeto que esta direção me apresentou e me endereçou este convite, decidi aceitar daquilo que é um objetivo comum de elevar o corpo de bombeiros para uma fasquia com elevados padrões de qualidade na prestação de serviço”, diz o agora comandante em definitivo.

Depois de um período interno conturbado que levou à demissão da anterior direção, Luís Soares diz ter sentido “uma enorme união no grupo durante o período de combate a incêndios rurais” e espera que assim continue no futuro. “A resposta operacional foi francamente positiva, aumentamos a nossa capacidade de resposta diária a todas as ocorrências, organizamos aquilo que era o nosso trabalho direto para que os colaboradores e os próprios bombeiros voluntários possam sentir-se motivados e desempenhar um papel importante com uma visão de futuro para virem a ter um padrão de sucesso e de eficácia”, acrescenta.

Atualmente, o quadro ativo é constituído por 69 elementos. Números que Luís Soares admite estarem longe do desejável. “Em média, realizamos cerca de 850 serviços mensais prestados pelos operacionais, na nossa área de intervenção e isso preocupa-nos, mas vamos trabalhar para organizar o corpo de bombeiros para que se sintam motivados e com capacidade para exercer a sua nobre missão e tentar aumentar aquilo que é o recrutamento de novas pessoas”, conclui.

Jornalista: Fernando Pires

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