Mais de um milhar de catequistas de todo o país participou, este fim de semana, nas Jornadas Nacionais de Catequistas, que decorreram em Fátima, sob o tema “O Credo”, no contexto das comemorações dos 1700 anos do Concílio de Niceia.
Da Diocese de Vila Real marcaram presença 35 catequistas, representando as paróquias da Sagrada Família e Santa Maria Maior, em Chaves, bem como Sabrosa, Ribeira de Pena, Mesão Frio, Godim e Valpaços.
O encontro constituiu um tempo de partilha, formação e renovação espiritual, centrado na missão de levar com entusiasmo e encanto a Boa Nova de Jesus Cristo, fortalecendo também os laços entre os catequistas de todas as dioceses portuguesas.
Durante as jornadas, D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) e bispo de Vila Real, apelou a um “renovado compromisso” dos catequistas portugueses na missão de anunciar a fé.
Recordando as palavras do Papa Francisco no Jubileu dos Catequistas, o prelado convidou todos a viver a missão “com coragem e dedicação constantes”, para que “as crianças, os adolescentes e os jovens cresçam connosco intuindo que Deus os ama e tem para eles grandes sonhos”.
D. António Azevedo sublinhou que este é “um tempo que exige de cada um novo impulso na ação e na missão da catequese”, destacando o tempo sinodal como “um momento de aprofundamento e continuidade que mobiliza toda a Igreja” e no qual “a catequese e os catequistas devem ter um papel acrescido”.
O bispo recordou ainda o capítulo V do documento final do Sínodo, que desafia a catequese a “formar discípulos missionários”, destacando a importância de uma catequese próxima da vida, “centrada em itinerários de iniciação cristã e capaz de iluminar a procura de sentido de muitos homens e mulheres do nosso tempo”.
“Num mundo que tende a valorizar e a extremar as diferenças, o desafio que temos como cristãos é o de fazer comunhão. Professar o Credo é um grande sinal de comunhão”, afirmou o prelado.
O encontro contou também com a presença do padre Carl-Mario Sultana, presidente da Equipa Europeia de Catequese, que apelou a uma linguagem “clara, simples e próxima da experiência humana”, defendendo a necessidade de “purificar a fé de pesos supérfluos”.
“A catequese deve falar ao coração das pessoas, não apenas à mente. A fé não pode ser reduzida a fórmulas ou doutrinas, mas deve ser vivida e testemunhada nas escolhas quotidianas”, afirmou o sacerdote maltês.
As Jornadas Nacionais de Catequistas reafirmaram assim o compromisso dos agentes da catequese em renovar a sua missão evangelizadora, fortalecendo a comunhão e o testemunho da fé nas comunidades cristãs portuguesas.
Jornalista: Edgar Pedreiro
Foto: Diocese de Vila Real