Militar natural de Mirandela viu ser agravada a medida de coação por alegado incumprimento da proibição de contactar ex-companheira determinada, há dois meses pelo Tribunal, após ter ameaçado ex-namorada com uma arma.

O Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Mirandela aplicou a medida de coação mais grave (prisão preventiva) a um militar do Destacamento de Trânsito da GNR de Bragança por alegado incumprimento da anterior medida cautelar aplicada pelo mesmo tribunal ao oficial de 49 anos, natural de Mirandela, no final de 2022, depois de ter sido detido pela suspeita de ter ameaçado a ex-namorada, com uma arma, no seu local de trabalho, apurou o JN, junto de fonte ligada ao processo.

Na altura, após o primeiro interrogatório a que foi submetido, o tribunal decidiu que o militar da GNR ficaria com o Termo de Identidade e Residência e proibido de se aproximar da ex-namorada bem como de a contactar por qualquer meio e obrigado a cumprir tratamento psiquiátrico.

Posteriormente, a ex-namorada voltou a apresentar várias queixas no Ministério Público contra o militar da GNR acusando-o de ser o responsável de ameaças de morte e de injúrias com recurso a perfis falsos na rede social do Facebook, expondo imagens íntimas da ex-companheira.

Ao que conseguimos apurar, na passada quarta-feira, a Polícia Judiciária terá realizado buscas na residência do militar do destacamento de trânsito da GNR, em Mirandela, e terá recolhido provas que indiciam ter sido o autor das mensagens de ameaças e injúrias à ex-namorada, o que configura um incumprimento das medidas cautelares que haviam sido aplicadas pelo tribunal, levando o juiz de instrução criminal a agravar a medida de coação que tinha sido aplicada.

Como consequência disso, o militar da GNR vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar de Tomar.

Jornalista: Fernando Pires

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