O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, deu início esta terça-feira, em Chaves, ao roteiro “Ver para Fazer”, uma iniciativa que, ao longo de quatro dias, o levará a percorrer o país de norte a sul, ao longo dos 738 quilómetros da mítica Estrada Nacional 2 (EN2), até Faro, com paragens nos 35 concelhos atravessados por esta via.
A partida simbólica realizou-se às 15h30 no Km 0, em frente à Ponte Romana de Trajano, marco histórico da cidade flaviense e ponto de partida da mais extensa estrada portuguesa. Acompanhado pelos secretários de Estado Silvério Regalado (Administração Local e Ordenamento do Território) e Pedro Machado (Turismo, Comércio e Serviços), o ministro sublinhou que este roteiro “pretende ouvir, ver e compreender as realidades locais para agir com eficácia e promover um desenvolvimento mais equilibrado e coeso do território”.
“Não basta dizer que temos de combater a interioridade, é preciso conhecer, ouvir de viva-voz os agentes locais para conhecer as suas necessidades e dificuldades. Temos de conhecer as realidades. Temos de ver para fazer. Este Governo trabalha todos os dias para combater estas desigualdades, porque só teremos coesão territorial se tivermos justiça territorial”, afirmou Miguel Pinto Luz no arranque do roteiro.
Primeiras paragens no Norte: de Chaves a Santa Marta de Penaguião
Ainda no primeiro dia, a comitiva percorreu a região norte, atravessando Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Peso da Régua e Lamego.
Pelas 18h00, no Km 78, o ministro visitou a Casa do Cantoneiro, em Santa Marta de Penaguião, símbolo do esforço de requalificação da EN2 e da valorização do património rodoviário nacional.
O governante destacou a importância desta via não apenas como infraestrutura rodoviária, mas também como “corredor turístico e cultural de enorme valor”, que contribui para a fixação de pessoas e para o dinamismo económico das regiões do interior.
Segundo dia: do Dão ao Mondego
Na quarta-feira, 22 de outubro, o roteiro prossegue com paragens em Castro Daire (Km 136) e Mortágua (Km 225), onde o ministro visitará a Barragem da Aguieira, estrutura fundamental para a gestão dos recursos hídricos e o desenvolvimento económico da região centro.
Esta etapa pretende reforçar o diálogo com as autarquias e entidades locais, identificando prioridades em matéria de mobilidade, habitação, ordenamento e coesão territorial.
Terceiro dia: coração geográfico de Portugal
O terceiro dia de viagem levará a comitiva ao Centro Geodésico de Portugal, em Vila de Rei (Km 366), ponto que simboliza o equilíbrio entre o norte e o sul, seguido de uma visita ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Km 460), pelas 12h15.
A jornada prossegue até Viana do Alentejo (Km 550), com passagem pela emblemática Rotunda do Chocalho, em Alcáçovas — uma homenagem à tradição artesanal local.
Última etapa: rumo ao sul
A sexta-feira, 24 de outubro, marca o quarto e último dia do roteiro “Ver para Fazer”. A primeira paragem acontece em Almodôvar (Km 663), ponto de transição entre o Alentejo e o Algarve.
O percurso culminará em Faro (Km 738), onde o Ministro das Infraestruturas e Habitação inaugurará a nova Rotunda N2, construída em homenagem aos 80 anos da Estrada Nacional 2.
A cerimónia contará com declarações aos órgãos de comunicação social, encerrando simbolicamente uma viagem que procurou aproximar o Governo das populações e projetar soluções concretas para os desafios das regiões atravessadas pela EN2.
“O objetivo deste roteiro é simples mas essencial: ver para fazer. Ver de perto o que precisa de ser feito, para agir com conhecimento e responsabilidade, sublinhou o ministro.
Uma estrada que liga o país e o futuro
Conhecida como a “Route 66 portuguesa”, a Estrada Nacional 2 atravessa o país de ponta a ponta, ligando Chaves a Faro através de 11 distritos, 35 concelhos e dois mundos distintos, o interior e o litoral.
Mais do que uma via de transporte, tornou-se símbolo de identidade nacional, atraindo cada vez mais turistas, viajantes e autocaravanistas que procuram conhecer Portugal ao ritmo do asfalto.
Com o roteiro “Ver para Fazer”, o Governo pretende avaliar in loco as necessidades locais, reforçar a ligação entre o poder central e as autarquias e lançar novas estratégias de desenvolvimento sustentável e coeso.
A Redação,
Foto: DR





