O município de Mirandela, no distrito de Bragança, informou que reduziu a rega de jardins públicos e lavagem de ruas e apela ao uso racional da água, apesar de garantir que o consumo humano está assegurado.

A autarquia justifica as medidas face “à problemática que afeta todo o país, com especial enfoque no Nordeste Transmontano”, região que se encontra em seca extrema e na qual se integra este município caracterizado por temperaturas extremas no verão.

Num concelho onde os termómetros ultrapassam frequentemente os 40 graus celsius, a Câmara decidiu adotar medidas nos gastos municipais e lançar uma campanha de sensibilização junto da população com o lema “Ela não cai do céu. Poupe água”.

“Caracterizado como um concelho com verões longos, quentes e secos e face à atual situação de seca severa ou extrema do território nacional, a Câmara Municipal de Mirandela tem aplicadas diversas medidas para a redução do consumo de água”, refere, em comunicado.

A presidente da autarquia, Júlia Rodrigues, já tinha garantido que não há, para já, constrangimentos no abastecimento para consumo humano, porém “de forma preventiva, reduziu em 60% o consumo de água destinada à rega de jardins públicos”.

Esta redução, segundo explica o município, é feita “através do número e tempo de regas, utilização de bicos de rega de máxima eficiência, bem como rega inteligente em todo o perímetro urbano, com programação à distância”.

O município reduziu também “em 60% as lavagens de arruamentos, pracetas e passeios” e está também a sensibilizar a população, através da campanha “Ela não cai do céu. Poupe água”.

“Embora o senso comum dite que água cai do céu, a ausência de precipitação e a as elevadas temperaturas do concelho da Terra Quente transmontana”, levam “a autarquia a divulgar informação direcionada à comunidade com o objetivo de apelar ao consumo responsável e à poupança deste bem precioso”.

Segundo informação divulgada na quinta-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro.

O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

Por: Lusa

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