Foram agravadas pelo Tribunal da Relação de Guimarães as penas a um polícia condenado por abuso de poder e a três arguidos por tráfico de droga, sendo um deles julgado em Vila Real, também por tráfico de armas.
O agente da PSP estava integrado num grupo de 15 arguidos, cujo julgamento teve início no Tribunal de Vila Real, em outubro de 2022, por diversos crimes como tráfico e mediação de armas, tráfico de droga e corrupção passiva. A 31 de janeiro de 2024 o polícia foi condenado a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo crime de abuso de poder, após ter alterado a acusação inicial de tráfico de armas.
A Procuradoria- Geral Distrital do Porto divulgou ontem que o Tribunal da Relação de Guimarães decidiu agravar a pena para dois anos de prisão ao agente da PSP. O coletivo de juízes de Vila Real decidiu desqualificar os crimes imputados ao agente, passando para abuso de poder ao invés da prática, de um crime de tráfico e mediação de armas e de um crime de corrupção passiva. Foi provado o abuso das funções que exercia para próprio benefício ou de terceiros relativamente a armas e munições, adquirindo este material para si ou para outros de forma gratuita ou a baixo custo.
No âmbito da operação “Ibéria”, que decorreu em outubro de 2020, foi anunciada a detenção de 52 pessoas e a apreensão de centenas de armas, tendo sido julgados apenas 15 arguidos, dos quais apenas dois foram condenados a penas efetivas de prisão.
Ao arguido, considerado o líder do grupo, foi agravada a pena inicial para cinco anos e dois meses de prisão pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes e de um crime de tráfico e mediação de armas. Foi ainda agravada a pena a dois arguidos, um para os seis anos e dois meses de prisão pela prática de um crime de tráfico de droga e a outro para os quatro anos e seis meses de prisão pelo mesmo crime. Dos restantes arguidos, duas mulheres foram absolvidas e os outros foram condenados, mas com pena suspensa, por diferentes crimes.
A redação