Um fenómeno atmosférico impressionante marcou o incêndio florestal que deflagrou no sábado em Sabrosa, no distrito de Vila Real. Várias páginas de meteorologia e meios de comunicação divulgaram imagens de uma imponente nuvem vertical, conhecida como pirocúmulo ou cumulus flammagenitus, que se formou como consequência direta do intenso foco de calor provocado pelas chamas.
Este tipo de nuvem, embora raro, pode surgir em situações de calor extremo, como incêndios florestais ou erupções vulcânicas. No caso de Sabrosa, o ar quente gerado pela combustão da matéria vegetal, aliado ao fumo e às partículas em suspensão, criou as condições ideais para o desenvolvimento desta formação densa e de grande altura.
Segundo o portal meteorológico MeteoRed, “é o intenso foco de calor que gera ascensões vigorosas de ar muito quente, misturado com gases e partículas de fumo e cinzas provenientes da queima de matéria vegetal”.
A dimensão do fenómeno foi tal que a nuvem pôde ser observada a mais de 100 quilómetros de distância, tendo sido registada por dezenas de testemunhas em diversas localidades. As imagens rapidamente circularam nas redes sociais, suscitando curiosidade e preocupação quanto à intensidade do incêndio.
O pirocúmulo, apesar do seu aspeto visualmente impactante, é também um sinal da gravidade e intensidade dos fogos florestais que continuam a ameaçar várias regiões do país durante os meses de verão.
Jornalista: Vitória Botelho
Fotos: DR

