De acordo com a edição de 2020 do European Innovation Scoreboard (EIS 2020), divulgada a 23 de junho, Portugal é agora um país “fortemente inovador”, ocupando a 12.ª posição neste ranking Europeu.

Em 2019 Portugal liderava o grupo dos países “moderadamente inovadores”, tendo este ano subido 6 lugares face à posição que ocupava no EIS 2016 (18.º lugar) e integra, assim, o grupo da Alemanha e da França. Esta é a melhor posição nacional de sempre nesta classificação, sendo de registar uma forte convergência com a média da UE, desde 2016.

Segundo relatório do EIS2020, os pontos fortes do sistema de inovação em Portugal situam-se ao nível do ambiente para a inovação, da atratividade do sistema de investigação e na inovação empresarial. Portugal encontra-se acima da média da UE em indicadores como: publicações científicas em coautoria com autores fora do espaço comunitário; a penetração da Banda Larga nas empresas; o número de estudantes internacionais de doutoramento; o registo de marcas comunitárias; as despesas com inovação não-tecnológica; a percentagem de empresas com formação em TIC; a percentagem de PME com inovação de produtos/processos, marketing/organizacional; a percentagem de PME inovadoras que colaboram com outras PME e o emprego em empresas de elevado crescimento de setores inovadores.

O EIS 2020 – publicação anual da Comissão Europeia que pretende medir e acompanhar o desempenho dos Estados-membros da União Europeia em termos de inovação – menciona, também, outras dimensões importantes para o processo de inovação onde Portugal está acima da média da UE, nomeadamente nas atividades de empreendedorismo ou no nascimento de novas empresas, estando em linha com a média europeia na procura pública de produtos tecnologicamente avançados e nos procedimentos necessários para a criação de empresas.

Portugal está abaixo da média europeia em indicadores como a disponibilidade de capital de risco privado, o investimento em I&D pelas empresas e o registo de patentes ou as exportações de serviços intensivos em conhecimento. Estas debilidades do sistema de inovação, identificadas no presente relatório, têm merecido a atenção das políticas públicas em Portugal, nomeadamente as iniciativas inscritas no Programa Nacional de Reformas, na Estratégia para a Inovação Tecnológica e Empresarial 2018-2030 e na “Lei da Ciência”. Os bons resultados e crescimento de Portugal, consagrados nesta publicação, refletem o aumento da capacidade de inovação das empresas, das entidades de I&D e da generalidade dos atores do Sistema Nacional de Inovação, incluindo as entidades públicas de apoio e promoção à I&D e à inovação.

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