Com as primeiras chuvas voltam os velhos problemas das infiltrações de água. Atletas sul-americanos que estão no centro de treino internacional de Mirandela ”convivem” com pingas de água a cair na mesa.

Por Mirandela, tem sido uma constante nos últimos meses as queixas apresentadas por diversas coletividades desportivas sobre o estado de degradação em que se encontram os pavilhões do Inatel e da Reginorde.

Em maio deste ano, o mau tempo provocou inundações no pavilhão do Inatel, que levou o Futsal Clube Mirandela a denunciar a situação e também a AMAO, Associação Mirandelense de Artes Orientais, ficou sem espaço coberto, no pavilhão da Reginorde, para os seus atletas poderem treinar.

Esta semana, a chuva voltou a causar danos no pavilhão da Reginorde, com muita água a cair no espaço onde treinam as equipas do Clube Ténis de Mesa de Mirandela e onde funciona, há três anos, o centro de treino internacional com dezenas de atletas oriundos de países da América do Sul.

O presidente do clube, lamenta esta situação. “Sempre ouvi dizer que para nos fazermos ao mar temos que nos preparar em terra. Neste caso, toda a gente sabe onde é que vivemos, sabe as temperaturas que temos, sabe o clima que temos e, portanto, se queremos enfrentar as agruras daquilo que é a instabilidade do tempo, temos que nos preparar no verão. É de facto muito triste olhar para este pavilhão e chover aqui, não digo quase a céu aberto, mas temos zonas onde é que isso acontece, temos as salas da direção, da secretaria com equipamentos a ficarem estragados, é uma tristeza muito grande”, diz Isidro Borges.

O dirigente lembra que já há cinco meses houve uma situação idêntica e nada foi feito por parte da autarquia para resolver as más condições do pavilhão e até considera que está em causa a segurança dos próprios atletas. “Quando foi em maio passado, houve um grande vendaval em Mirandela e, nessa tarde abriu aqui uma claraboia, muito grande, ficou completamente a céu aberto. Demos conta a todos os serviços, até ao dono do prédio, mas a única coisa que conseguimos foi trazer cá um amigo que subiu ao telhado e pôs a claraboia no lugar, mas não ficou vedada, não ficou em condições de cumprir a sua função, agora temos medo porque avizinham-se tempos difíceis e pode voltar a sair com consequências muito graves para quem está aqui em baixo.

Estamos a falar de um teto, estamos a falar de uma claraboia, que eu nunca sei para onde é que vai ficar se vier muito vento, nunca sabemos. É um risco muito grande que estamos, a correr, se calhar o pavilhão devia estar fechado, se calhar devia, não sei, eu não percebo nada disto, mas estamos a tentar sobreviver”, adianta.

O presidente do CTM Mirandela diz mesmo que se nada for feito, “está em causa todo o projeto nacional e internacional do clube”.

As críticas do presidente do CTM Mirandela à ausência de intervenção na manutenção do pavilhão da Reginorde.

Jornalista: Fernando Pires

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