Esta decisão chega aos diretores depois de na última sexta-feira ter sido enviada uma circular pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.

Segundo o Jornal de Notícias, os serviços mínimos nas escolas vão ficar nas mãos dos diretores. A informação foi avançada esta manhã referindo ainda que as direções vêem-se obrigadas a escolher os profissionais que não vão poder aderir às greves, de forma a serem garantidos os serviços mínimos a partir do próximo mês.

Ao documento a que o JN teve acesso, a DGEstE definiu um mínimo obrigatório de professores e funcionários que têm de trabalhar, apesar da greve. “A direção de cada agrupamento de escolas ou de escola não agrupada deverá tomar as medidas necessárias, em termos de distribuição de serviço, com vista a assegurar o cumprimento destes serviços”, lê-se no documento.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares, em declarações ao mesmo jornal, diz que este “é mais um problema que o Ministério não consegues resolver e que atira para as mãos das direções”.

Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, diz que, numa primeira fase, os diretores deveriam reunir com cada delegado sindical e, no caso das escolas que não tenham nenhum delegado, deverão falar com os próprios profissionais e discutir sobre quem trabalha ou não.

O Ministério da Educação confirmou ao JN que a DGEstE enviou “orientações para as escolas em relação ao número de docentes e funcionários necessários para cada uma das escolas”.

Jornalista: Rita Teixeira

Foto: Arquivo/Canal N

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