As ruas de Vila Real encheram-se este domingo, 22 de junho, de cor, música e tradição, com a realização do muito aguardado Cortejo Etnográfico com as Associações Culturais do Concelho, integrado nas Festas da Cidade 2025, que este ano celebram o centenário de Vila Real. O desfile representou um pouco da história, da alma e da identidade da cidade e de Trás-os-Montes.

O desfile arrancou às 15h00, percorrendo a Avenida Aureliano Barrigas e a Avenida Carvalho Araújo, atraindo centenas de vila-realenses e visitantes que não quiseram perder esta autêntica viagem às tradições locais e regionais.

Ao longo do percurso, o público pôde apreciar uma mostra viva dos antigos saberes e fazeres artesanais, alguns deles já quase, ou até mesmo, extintos, passando também por momentos de animação cultural com cantares, decoração e vestimentas típicas, assim como ferramentas de trabalho e técnicas passadas.

Entre os participantes do cortejo esteve a freguesia de Arroios, que levou à rua além das suas hortas que são “a sua essência”, também os seus emblemáticos carrinhos de rolamentos, que já se realizam há mais de 30 anos, representados pela Associação Cultural e Desportiva de Torneiros, uma tradição bem enraizada na comunidade. Ivo Moreira, presidente da Junta de Freguesia de Arroios, fez uma referência às corridas de Vila Real em tom de brincadeira referindo que em Vila Real as corridas oficiais são “para os profissionais”, mas a corrida de carrinhos de rolamentos é uma espécie de “corrida aberta a todos”. O dirigente da junta que trouxe às ruas “A horta da Vila” destacou ainda a importância de preservar estas manifestações culturais tão típicas de cada freguesia, o que no seu todo constrói a identidade cultural de Vila Real.

Também marcaram presença no desfile viaturas antigas, como uma icónica Bedford, em que esteve presente uma associação cultural de música popular. Uma das participantes sublinhou a importância do cortejo etnográfico como sendo uma mais-valia na preservação história e cultural que se foi construindo com o passar do tempo. Maria Minhava reforça a necessidade de manter vivas estas tradições e mostrar às novas gerações como as coisas eram feitas antigamente, mencionando o exemplo do Linho, uma arte tão singular. A mostra viva dos saberes e fazeres do antigamente é assim vista como uma forma de não se perderem as raízes tão próprias da terra.

O Cortejo Etnográfico revelou-se, uma vez mais, um momento de celebração da identidade local, enaltecendo o património cultural e reforçando o orgulho dos vila-realenses e restantes transmontanos na sua história e tradições, num ano particularmente especial, em que Vila Real celebra os 100 anos da sua elevação a cidade.

*Todas as fotografias e vídeos do Cortejo Etnográfico estão disponíveis na Página de Facebook do Canal N*

Jornalista: Vitória Botelho

Fotos: Vitória Botelho

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