A informação foi avançada, esta sexta-feira, pelo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que garante o poder das urgências hospitalares e o setor privado em passar baixas e algumas licenças por cancro poderão ser alargadas para três meses.

As medidas divulgadas por Fernando Araújo, ao jornal Expresso, pretendem “desburocratizar os cuidados de saúde primários”. Recorde-se que a primeira a ser implementada foi a da autodeclaração de doença para três dias.

“Vai ser possível adquirir baixas nos serviços de urgência, algo que estava vedado por lei. Neste momento está já em circuito legislativo um diploma que visa permitir que os hospitais possam emitir baixas médicas, de forma a impedir que um doente parta uma perna, vá para casa, e depois tenha de ir ao médico de família para alguém lhe passar a baixa”, adiantou.

O responsável garante também que será possível obter baixas médicas no setor privado e pretrende que seja uma realidade já este ano.

Na mesma entrevista foram reveladas outras duas medidas relacionadas com as farmácias. “Nós em Portugal temos a mania de infernizar com papéis. Quero retirar isso tudo. A rede de farmácias tem uma enorme capilaridade no país. Portanto, a primeira medida tem a ver com medicação crónica e espero que seja lançada em agosto ou setembro: Se o médico de família assinalar uma determinada medicação como crónica, para uma doença como a diabetes ou a hipertensão, por exemplo, o doente vai deixar de precisar de ir todos os meses ou a cada três meses ao médico buscar receitas. A farmácia pode dar-lhe o número de caixas adequadas para aquele mês, perto de casa, e por vezes na mesma rua”, referiu.

Fernando Araújo disse ainda que no próximo inverno se pretende que as farmácias possam vacinar as pessoas com mais de 65 anos, para a gripe e para a covid, em conjunto com os centros de saúde.

Jornalista: Rita Teixeira

Foto: Arquivo/Canal N

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