“O Douro está no abismo”

Centenas de viticultores do Douro saíram hoje à rua em protesto, exigindo medidas urgentes para travar o colapso do setor.

A manifestação, que juntou aproximadamente 500 participantes, teve início pelas 10h junto à estação ferroviária do Peso da Régua e rapidamente evoluiu para o bloqueio da Estrada Nacional 2, causando fortes constrangimentos no trânsito.

Convocados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pela Associação de Viticultores Independentes Durienses (Avadouriense), os produtores expressaram o seu desespero face à atual crise na região. Munidos de cartazes com mensagens como “O Douro está no abismo” e “Queremos escoamento para as nossas uvas”, denunciaram a quebra abrupta nas encomendas, os preços insustentáveis pagos pelas uvas e a ausência de respostas concretas por parte do Governo e das entidades reguladoras.“

A maioria das pequenas e médias casas vinícolas deixou de comprar. Estamos a receber cartas a cancelar encomendas. Se não conseguirmos vender a produção, não há como manter a vinha nem as famílias que dela vivem”, afirmou um dos manifestantes.

A crise, que se arrasta há três anos, agravou-se com o excesso de stock de vinho e o aumento dos custos de produção, combustíveis, fertilizantes, mão de obra e energia, pressionando ainda mais os pequenos produtores, que dizem estar “no limite”.

Os viticultores exigem ao Governo um pacote de medidas de emergência, incluindo: A destilação de crise para escoamento dos excedentes; Apoios diretos aos viticultores; Fiscalização rigorosa contra a entrada de mostos e vinhos de fora da região; A incorporação obrigatória de aguardente produzida no Douro no processo de elaboração do Vinho do Porto.

Durante o protesto, os manifestantes optaram por não seguir o percurso previamente autorizado pelas autoridades, ocupando espontaneamente a estrada nacional como forma de aumentar a visibilidade da sua causa. A GNR monitorizou o protesto sem registo de incidentes.

Esta ação foi aprovada num plenário de viticultores realizado no início de junho e pode ser apenas o início de um ciclo de mobilizações mais amplas, caso não sejam obtidas respostas satisfatórias. “Se o Governo não atuar, o interior morre”, declarou um produtor.

O protesto de hoje deixa um sinal claro: os viticultores durienses não pretendem ficar calados perante o que consideram ser uma ameaça real à sobrevivência da viticultura na região e ao tecido económico de todo o Douro.

A Redação,
Foto: DR

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