A operação “Censos Sénior 2025”, desenvolvida pela Guarda Nacional Republicana (GNR) entre 1 de outubro e 16 de novembro, voltou a evidenciar a realidade demográfica que marca profundamente o interior do país e, em particular, o território transmontano. Os distritos de Vila Real, com 5 167 idosos sinalizados, e Bragança, com 4 191, destacam-se entre os que apresentam maior número de pessoas a viver sozinhas, isoladas ou em situação de vulnerabilidade.

A iniciativa, integrada na estratégia de policiamento de proximidade da GNR, envolveu contacto direto com 35 143 idosos, através de ações informativas, visitas porta-a-porta e sessões de sensibilização orientadas para a adoção de comportamentos de autoproteção. O foco passou por prevenir situações de violência, burlas e furtos, que continuam a ser riscos acrescidos para uma população envelhecida e, muitas vezes, geograficamente dispersa.
Em todo o país, foram sinalizados 43 074 idosos que vivem em situação de isolamento ou fragilidade. Desde 2011, quando a primeira edição da operação foi realizada, a Guarda tem vindo a atualizar e aprofundar o mapeamento destes casos, permitindo uma resposta mais eficaz e personalizada às necessidades de quem, pela idade ou condição física e psicológica, mais depende do apoio das autoridades e das redes locais.
No contexto transmontano, onde o despovoamento e o envelhecimento se acentuam ano após ano, os números agora revelados assumem particular relevância. A geografia dispersa, a fraca cobertura de serviços essenciais e o afastamento familiar agravam o risco de isolamento social, colocando desafios acrescidos às forças de segurança e às autarquias.
A GNR realça que esta operação não se limita à recolha estatística: procura fortalecer relações de confiança, aproximar os idosos dos militares e reforçar, no terreno, o sentimento de segurança. A atualização contínua do levantamento geográfico permite ainda antecipar necessidades e ajustar estratégias de intervenção comunitária.
A conclusão da edição de 2025 dos “Censos Sénior” deixa um retrato claro e urgente: a região transmontana continua a ser uma das mais envelhecidas e fragilizadas do país, exigindo políticas de proximidade cada vez mais atentas, iniciativas continuadas de apoio e, acima de tudo, uma mobilização conjunta da sociedade para enfrentar os desafios do isolamento e da vulnerabilidade social na terceira idade.

A Redação,
Fotos: DR

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